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Pancreatite em cães e gatos

Felipe Saab Romano

Paulo Renato dos Santos Costa

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer a importância da pancreatite em cães e gatos;
  • reconhecer a apresentação clínica da pancreatite;
  • identificar os principais métodos para o diagnóstico da pancreatite;
  • indicar o tratamento mais adequado para a pancreatite.

Esquema Conceitual

Introdução

VIDEOAULA DO CAPÍTULO COMPLETO

A pancreatite é definida como um processo inflamatório originalmente do pâncreas exócrino, porém, quando é levada em conta a gama de repercussões causadas por ela, pode-se considerar que a pancreatite corresponde a uma síndrome. Desse modo, o sistema nervoso, o pâncreas e outros órgãos, como o coração, os pulmões, os rins e o fígado podem ser afetados.1

A doença pode ser aguda ou crônica, embora, no aspecto clínico, seja semelhante quanto às manifestações clínicas exibidas pelo paciente. Em termos de análise histopatológica, existem distinções para essa determinação entre doença aguda e doença crônica. Na doença crônica, existe maior possibilidade para o desenvolvimento de insuficiência exócrina pancreática e endócrina.

A etiologia é multifatorial,2 e muitos casos permanecerão como de origem idiopática para o médico veterinário, mas fatores como obesidade, composição da dieta e genética, assim como endocrinopatias, são causas comuns dessa enfermidade em pequenos animais. Contudo, traumas abdominais, desidratação (hipovolemia), agentes infecciosos, neoplasias e mecanismos imunogênicos também devem ser considerados.3

Complicações ocorrem potencialmente secundárias à ativação de enzimas dentro do tecido pancreático e estruturas adjacentes, podendo resultar em lesão celular, necrose tecidual e liberação de mediadores inflamatórios para outros órgãos. Tais mediadores e componentes ainda não são completamente conhecidos.3

Manifestações clínicas como dor abdominal, náusea, êmese, febre, anorexia, hiporexia e letargia podem indicar a enfermidade, todavia mostram-se quase sempre inespecíficas, não sendo patognomônicas.4

O método diagnóstico considerado padrão-ouro para a definição e quantificação da inflamação pancreática é a histopatologia (biópsia) do pâncreas, sendo pouco empregado na rotina clínica, mas bastante utilizado no diagnóstico post mortem. Na rotina clínica, normalmente se usam o histórico, o exame físico, as alterações laboratoriais sugestivas e os exames de imagem pouco invasivos e dotados de relevante sensibilidade, como a ultrassonografia (US) abdominal e a tomografia computadorizada (TCtomografia computadorizada).3

O tratamento de suporte mais empregado frente a suspeita de pancreatite é o que, na maioria das vezes, envolve a correção hidreletrolítica, o uso de analgésicos, gastroprotetores e antieméticos e o manejo dietético. Demais terapias devem respeitar a particularidade inerente a cada paciente e ao contexto exibido, de modo que os antibióticos, os corticoides e outros medicamentos sejam utilizados com cautela.5

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