Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- realizar contextualização nacional sobre vacinas;
- elencar aspectos associados ao caráter estressante e doloroso da administração de vacinas injetáveis;
- identificar intervenções comportamentais para amenizar o sofrimento de crianças diante de procedimentos invasivos de vacinação;
- explicar o papel de psicólogos na avaliação, no manejo e controle do sofrimento comportamental durante procedimentos dolorosos como vacina.
Esquema conceitual
Introdução
Nos últimos anos, observou-se um crescente reconhecimento da necessidade de controlar, de forma adequada, a dor e o sofrimento relacionados a procedimentos que envolvem agulhas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a adoção de estratégias que já tenham demonstrado potencial eficácia a partir de evidências empíricas.1,2
A American Academy of Pediatrics (AAP) e a American Pain Society (APS) recomendam a adoção de estratégias específicas para avaliar e minimizar a dor de crianças durante procedimentos médicos invasivos, independentemente do nível de gravidade e/ou complexidade.3 Medidas farmacológicas, psicológicas, processuais e/ou físicas, por exemplo, podem ser aplicadas no manejo da dor e do sofrimento associados à aplicação de vacinas por injeção.4 No entanto, esses recursos devem ser adaptados à intensidade da dor, à expressão de sofrimento e às necessidades das crianças,5 aspectos que devem ser avaliados previamente.
A participação de psicólogos é fundamental para o manejo clínico, a avaliação e o controle da dor de crianças durante a exposição a vacinas injetáveis. Esses profissionais podem contribuir com intervenções que reduzam a percepção de dor e de indicadores comportamentais de ansiedade. Quando bem-sucedidas, essas medidas podem aumentar a adesão das crianças a futuras imunizações, auxiliar o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento mais adequadas, em contextos específicos de cuidados com a saúde, e colaborar positivamente com o atendimento das equipes de saúde.4