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PSICOSSOMÁTICA NA CLÍNICA MÉDICA

Autores: Rubens Marcelo Volich, José Atílio Bombana
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  • Introdução

O termo psicossomático é frequentemente empregado tanto no meio médico quanto coloquialmente na cultura em geral. Ele se refere a manifestações orgânicas, normais ou patológicas, determinadas ou agravadas por fatores psíquicos. Essa concepção, bastante disseminada, é também presente no termo somatização. Porém, muitas vezes utilizada de forma indiscriminada e simplificadora, ela esconde a grande complexidade das relações etiológicas, funcionais e do desenvolvimento do organismo humano e das dimensões fisiológicas, anatômicas, comportamentais e mentais de cada indivíduo.

Desde os tempos imemoriais, o Homem, e a medicina em particular, dedicam-se a compreender as relações entre a doença, a natureza e o funcionamento do corpo. A cada época, até os nossos dias, diferentes teorias, religiosas, filosóficas e científicas, buscaram e ainda procuram entendê-las para lidar e tratar o sofrimento humano em todas as suas formas de expressão: orgânicas, comportamentais, psíquicas e sociais.

Este artigo apresenta alguns dos principais e mais recentes conhecimentos dessa busca. Serão descritos, com suas respectivas implicações clínicas e terapêuticas, diferentes formas e matizes do que sugerimos denominar “fenômeno psicossomático”, fruto das interações permanentes entre diversas dimensões de um funcionamento único, mental e orgânico, que marca a existência e a experiência humanas.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

 

  • ampliar a compreensão das classicamente denominadas “somatizações”, doenças e sintomas psicossomáticos, para superar os impasses diagnósticos e terapêuticos frequentemente encontrados diante delas;
  • compreender o fenômeno psicossomático a partir de uma perspectiva clínica, que considera as interações permanentes entre funções psíquicas e corporais, 2 dimensões de um funcionamento único do humano;
  • conhecer as principais relações etiológicas, evolutivas e funcionais entre as manifestações psíquicas e corporais, normais e patológicas;
  • considerar a importância da história de vida e dos recursos desenvolvidos pelo paciente em cada etapa de seu desenvolvimento para lidar com experiências e conflitos vividos ao longo de sua existência;
  • desenvolver a observação clínica e recursos terapêuticos do médico para lidar com as dificuldades apresentadas pelos fenômenos psicossomáticos no contexto de sua especialidade, como os efeitos iatrogênicos, as reações paradoxais e a falta inesperada de respostas terapêuticas;
  • compreender a importância da dimensão relacional entre o médico, a equipe terapêutica e o paciente e também os benefícios da prática interdisciplinar com outros profissionais de saúde para potencializar os tratamentos.
  • Esquema conceitual
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