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TUMORES RENAIS SÓLIDOS NO ADULTO

Autores: Rafael Sarmento do Amaral , Poliana Palma Barbieri, Carolina Chomiski
epub-BR-PRORAD-C10V4_Artigo3

Introdução

A detecção das lesões renais sólidas vem aumentando nos últimos anos, principalmente em virtude da maior disponibilidade dos métodos de imagem,1 que têm possibilitado o diagnóstico mais precoce de nódulos sólidos cada vez menores e muitas vezes incidentais.

O manejo do paciente com neoplasia renal requer abordagem multidisciplinar,2 tendo o radiologista papel cada vez maior, não apenas na detecção das lesões pelos métodos de imagem, mas na disponibilização de informações que devem constar no laudo para o diagnóstico diferencial, o estadiamento e o planejamento terapêutico.

Dentre todos os diagnósticos diferenciais que serão abordados neste capítulo, o angiomiolipoma (AML) típico é a única lesão que permite o diagnóstico definitivo por imagem em decorrência da presença de gordura macroscópica. No entanto, apesar de existir sobreposição dos achados de imagem de lesões benignas e malignas, em muitos casos, é possível predizer o diagnóstico diferencial mais provável com boa sensibilidade e especificidade com base no aspecto morfológico e no comportamento hemodinâmico da lesão ao meio de contraste.3,4

O que também auxilia na diferenciação é que grande parte das lesões sólidas encontradas são os carcinomas de células renais (CCR) do subtipo células claras (70%) e do subtipo papilífero (de 10 a 15%), cujas características de imagem e comportamento biológico são muito distintos.5,6 Deve-se ressaltar que o diagnóstico definitivo dessas lesões é histopatológico e ainda não é possível pelos métodos de imagem, todavia a sugestão no laudo do(s) subtipo(s) mais provável(is) pode auxiliar o cirurgião e o oncologista a saberem se estão mais provavelmente diante de uma lesão de comportamento indolente ou agressivo, o que pode influenciar na decisão terapêutica, principalmente em pacientes mais idosos ou com risco de disfunção renal, quando poderão ser oferecidos tratamentos mais conservadores como:5,6

 

  • vigilância ativa;
  • cirurgia poupadora de néfrons;
  • ablação.

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • orientar os protocolos de TC e RM;
  • revisar as características dos nódulos renais benignos e malignos e as síndromes relacionadas aos tumores renais;
  • reproduzir a análise sistemática dos nódulos renais para auxiliar no diagnóstico diferencial;
  • revisar o estadiamento das lesões malignas e orientar o conteúdo do laudo radiológico com a finalidade de auxiliar o cirurgião e o planejamento terapêutico;
  • compreender a indicação da biópsia renal e as opções terapêuticas.

Esquema conceitual

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