DIAGNÓSTICO POR IMAGEM E ESTADIAMENTO DOS TUMORES ÓSSEOS

Autores deste artigo

• MARCELO BRAGANÇA DOS REIS OLIVEIRA SEBA

• ALEX GUEDES

Resumo

Os tumores ósseos formam um grupo heterogêneo de neoplasias benignas e malignas que podem ocorrer em qualquer faixa etária. Desde o início do século XX, a evolução da abordagem diagnóstica dessas neoplasias vem contribuindo para a melhora significativa dos desfechos clínicos, do prognóstico e da sobrevida dos pacientes. Nas últimas décadas, surgiram inovações tecnológicas na abordagem dos tumores ósseos como resultado do progresso obtido nas diversas etapas de seu manejo, sobretudo na imagiologia. Entretanto, o princípio fundamental da oncologia ortopédica ainda permanece vigente, e a precisão diagnóstica depende da correlação entre manifestações clínicas, bioimagem e anatomia patológica. A revisão multidisciplinar desses aspectos permite o diagnóstico acurado e o planejamento adequado do tratamento. O estadiamento dessas lesões, por sua vez, determina a extensão da doença, a melhor estratégia terapêutica e a estimativa de prognóstico. Para isso, dois sistemas são mais frequentemente empregados na abordagem dos tumores ósseos: o proposto por Enneking (1980), descrito para tumores ósseos benignos e malignos e adotado pela Musculoskeletal Tumor Society (MSTS), e o sistema desenvolvido pelo American Joint Committee on Cancer (AJCC) (1977), para tumores ósseos malignos, que se encontra em sua 8ª edição (2017). O presente artigo apresenta os princípios do diagnóstico por imagem e do estadiamento dos tumores ósseos por meio de uma revisão atualizada sobre o tema.

Palavras-chave

Tumores ósseos; Diagnóstico por imagem; Radiologia; Estadiamento de neoplasias.