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ABORDAGEM A PROBLEMAS OFTALMOLÓGICOS PELO MÉDICO DE FAMÍLIA E COMUNIDADE

Autores: Marcello Dala Bernardina Dalla, Adriana Vieira Cardozo
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • identificar problemas oftalmológicos mais frequentes em adultos;
  • descrever a anatomia e a fisiologia do olho;
  • distinguir as diferentes etiologias do olho vermelho;
  • avaliar as necessidades de encaminhamento dos problemas oftalmológicos para serviços especializados.

Esquema conceitual

Introdução

Segundo o Relatório Mundial sobre a Visão da Organização Mundial da Saúde (OMS), globalmente, pelo menos 2,2 bilhões de pessoas têm alguma deficiência visual. Dessas, pelo menos 1 bilhão possuem uma deficiência visual que poderia ter sido evitada ou que ainda não recebeu qualquer assistência. Portanto, a maior parte dessas pessoas, ao chegar à vida adulta, perderá a visão precocemente devido a doenças oculares que poderiam ser identificadas e tratadas em tempo hábil.1

É um número expressivo de pessoas afetadas, e o Médico de Família e Comunidade (MFC) está inserido no nível de atenção primária do Sistema de Saúde, onde pode identificar adequadamente os casos, resolver o problema ou acionar outros níveis do Sistema em tempo hábil para evitar deficiências, limitações ou mesmo a perda completa da visão. Para tanto, deve desenvolver e aprimorar competências e habilidades no uso dos recursos disponíveis nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS), sendo fundamental que o MFC se questione se a condição clínica apresentada tem ou não risco potencial de causar perda da visão.2

É fundamental que o MFC que atua em serviços de APS identifique os problemas oftalmológicos em adultos e defina em quais situações possui condições técnicas e recursos para resolver o problema e em quais deve encaminhar para serviços especializados. O tempo de resposta para evitar a perda parcial ou total da visão é decisivo para a interação continuada da pessoa com sua família e comunidade.

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