Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor deverá ser capaz de
- identificar a abordagem pelo médico de família e comunidade (MFC) do paciente com gota, reconhecendo sua relevância na prática clínica;
- descrever os aspectos epidemiológicos e os fatores predisponentes da gota;
- caracterizar a história natural da doença, suas manifestações clínicas e a propedêutica do diagnóstico;
- elaborar o plano de cuidado compartilhado na atenção primária à saúde (APS) para pacientes com gota;
- identificar os critérios que devem motivar o paciente a encaminhamento para serviço especializado.
Esquema conceitual
Introdução
Gota é a forma de artrite inflamatória mais comum em adultos, com prevalência global de 0,79% para homens e 0,25% para mulheres, em uma proporção, quanto ao gênero, estimada em 3:1.1,2 Trata-se de um evento com espectro clínico amplo, que envolve o aumento dos níveis séricos de ácido úrico e o depósito de cristais de urato monossódico nas articulações e nos tecidos periarticulares, cursando com dor e artrite inflamatória. Representa uma causa de morbidade e mortalidade importantes, com impactos socioeconômicos em função de seu caráter potencialmente debilitante e por motivar demandas frequentes aos serviços de saúde.
Este capítulo tem como objetivo detalhar a abordagem ao paciente com gota pelo MFC, com enfoque prático por meio de informações atualizadas que permitam estruturar o atendimento no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS) e do Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP).