Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:
- explicar a fisiopatologia do coma;
- identificar as principais causas de coma na sala de emergência;
- analisar o exame físico direcionado ao paciente comatoso;
- elencar os exames complementares e de imagem para pacientes em coma na emergência.
Esquema conceitual
Introdução
O coma é caracterizado como um estado clínico em que os pacientes não respondem a estímulos externos e não podem ser despertados. Essa condição figura entre os mais difíceis e dramáticos problemas médicos, principalmente no cenário da emergência hospitalar. A palavra “coma” deriva do grego, significando “sono profundo” ou “transe”. Os antigos gregos já sabiam que a consciência depende da integridade do tecido encefálico, entendendo o coma como uma falha encefálica. Esse tecido suporta uma quantidade limitada de lesões físicas e/ou metabólicas; portanto, o prejuízo do nível de consciência representa, muitas vezes, um dano irreparável iminente.1,2
O estupor e o coma geralmente implicam insuficiência cerebral avançada. Quanto mais tempo dura essa falha cerebral, mais estreita é a margem entre a recuperação e o desenvolvimento de lesão neurológica permanente. O tempo limitado de ação e a multiplicidade das causas potenciais de insuficiência cerebral assustam tanto médicos quanto familiares. Por isso, generalistas e emergencistas devem estar aptos a conduzir um paciente comatoso na sala de emergência com a agilidade necessária para evitar danos definitivos, quando possível.1,2