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ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NA EMERGÊNCIA: ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM

Autores: Queila Faria dos Santos, Fabiano dos Santos Moraes
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • estabelecer uma discussão acerca do acidente vascular cerebral (AVC) e seu contexto epidemiológico;
  • reconhecer os sinais de alerta da iminência de um AVC;
  • determinar as prioridades na abordagem ao paciente vítima de AVC;
  • aplicar as principais escalas de avaliação do paciente diagnosticado com AVC;
  • realizar o manejo clínico do paciente acometido por acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi);
  • realizar o manejo clínico do paciente acometido pelo acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCh);
  • executar os cuidados de enfermagem antes, durante e após o tratamento com alteplase.

Esquema conceitual

Introdução

As doenças cerebrovasculares são a segunda causa de vítimas com óbitos no mundo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares (DCVs). O AVC, também denominado acidente vascular encefálico (AVE), ou derrame cerebral, é uma das principais causas de incapacidade física do paciente.1

O AVC é um déficit neurológico caracterizado por sinais de perturbação clínica focal ou global decorrente de um distúrbio na circulação cerebral de início súbito. O AVCi é o mais prevalente, sendo responsável por cerca de 85% dos casos.

A cada ano, 13,7 milhões de pessoas tem um AVC no mundo, sendo que, dessas, 5,5 milhões evoluem para óbito. Uma a cada 4 pessoas terá um AVC ao longo da vida, o que revela seu importante impacto na saúde pública. Em contrapartida, sabe-se que 90% dos AVCs podem ser evitados com medidas de prevenção adequadas.2

O fator tempo é primordial no reconhecimento dos sinais de alerta do AVC para que o paciente tenha acesso de forma rápida a um tratamento de urgência em centro especializado, o que mitiga as chances de sequelas e o risco de morte.2 No ano de 2020, o Sistema de informações sobre Mortalidade (SIM) revelou que o AVC foi responsável por 99.010 mortes no Brasil — isso inclui infarto cerebral, AVCi, AVCh, hemorragia subaracnóidea e AVC não especificado como isquêmico ou hemorrágico. No Brasil, o AVC foi responsável por 12 óbitos a cada hora, ou 307 vítimas fatais por dia.3

De acordo com a portaria GM/MS 664, de 12 de abril de 2012, que aprova o protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas — Trombólise no Acidente Vascular Cerebral Isquêmico Agudo, cerca de um quarto dos pacientes com AVC evoluem para óbito após 30 dias, 66% após 6 meses, e 50%, após um ano.4

Um paciente diagnosticado com AVC custa, em média, R$ 6 mil para o Sistema Único de Saúde (SUS). Esse valor depende da evolução do déficit neurológico — quanto maior o comprometimento neurológico, mais custoso se torna o tratamento.5

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