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ADMINISTRAÇÃO DE FORMAS FARMACÊUTICAS: UMA PERSPECTIVA AMPLIADA

Autores: Silvia Storpirstis, Ana Lúcia Faria
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Introdução

A administração de formas farmacêuticas é um tema relevante para as Ciências Farmacêuticas, em um contexto ampliado, considerando, especialmente, as áreas de Biofarmácia (ou Biofarmacotécnica), Biotecnologia, Nanotecnologia, Assistência Farmacêutica, Farmácia Clínica e Cuidado Farmacêutico.

Farmacêuticos que atuam na pesquisa, no desenvolvimento e no registro sanitário de medicamentos para produção em escala industrial requerem a compreensão das relações entre as características do fármaco (ou ingrediente farmacêutico ativo [IFA]) de origem sintética, os excipientes ou veículos (adjuvantes farmacotécnicos), os processos de fabricação, as formas farmacêuticas (tradicionais ou diversos sistemas de liberação de fármacos, que também incluem nanoestruturas) e as vias de administração, uma vez que a eficácia clínica e a segurança dos medicamentos estão relacionadas a essas características.1,2

Além disso, o avanço da Biotecnologia trouxe novas opções para tratamento de doenças como câncer, artrite reumatoide, lúpus, entre outras, para as quais, muitas vezes, os medicamentos tradicionais não correspondem às melhores alternativas terapêuticas. Contudo, os medicamentos biológicos e biotecnológicos, ou biomedicamentos, são complexos pela origem do biofármaco, pelo desenvolvimento e pela produção, além do potencial imunogênico, o que requer um arcabouço regulatório específico, o acompanhamento do uso e rigorosa farmacovigilância.3,4,5

Essa compreensão também é essencial para a realização de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária (dispensação de medicamentos, revisão da farmacoterapia e acompanhamento farmacoterapêutico, por exemplo), na farmácia hospitalar e clínica (seleção e padronização de medicamentos, conciliação, otimização da farmacoterapia, etc.) e na Unidade Básica de Saúde (dispensação de medicamentos, entre outros), além de ser importante para o desempenho de atividades em Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde e no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.6–12

Assim sendo, neste capítulo, serão abordados aspectos fundamentais sobre a administração de formas farmacêuticas, para motivar a reflexão sobre a sua aplicabilidade em diversos ambientes profissionais, além daqueles relacionados à educação farmacêutica.

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • estabelecer as diferenças entre as vias de administração de medicamentos;
  • relacionar as características das formas farmacêuticas tradicionais ou dos sistemas de liberação de fármacos com as vias de administração e as diferenças na biodisponibilidade;
  • relacionar as características dos medicamentos biológicos e biotecnológicos com as vias de administração;
  • refletir sobre a aplicabilidade dos conceitos apresentados em diversas áreas de atuação, incluindo os serviços farmacêuticos e outras atividades relacionadas à clínica e à gestão.

Esquema conceitual

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