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Administração de medicamentos por via intramuscular ventroglútea — segurança do paciente e processos de trabalho envolvidos

Aline Künzel Teixeira

Dagmar Elaine Kaiser

epub-BR-PROENF-SA-C16V2_Artigo1

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer a importância do processo de administração de medicamentos injetáveis por via IM na região ventroglútea (VG), baseada na qualidade da assistência e na segurança do paciente;
  • indicar as vantagens da aplicação de medicamentos injetáveis via intramuscular (IM) na região VG, bem como os riscos de aplicação de injetáveis em outros locais, demonstrando suas contraindicações;
  • estimular enfermeiros e equipes a estabelecer, revisar e aplicar o procedimento operacional padrão (POP) e as normas e rotinas nos serviços/instituições onde atuam;
  • reconhecer o aporte da educação permanente e da supervisão em serviço à execução de procedimentos tecnicamente corretos pela enfermagem, à segurança do paciente e à qualidade da assistência;
  • promover para a equipe de enfermagem, os docentes e os alunos os processos de trabalho, a qualidade assistencial e a realização profissional;
  • aplicar a técnica de delimitação da região VG e a administração de medicamentos injetáveis com precisão.

Esquema conceitual

Introdução

A segurança do paciente é tema de discussão mundial e, apesar dos avanços na área da saúde, é afetada grandemente pelas iatrogenias cometidas pelos profissionais, as quais repercutem diretamente na qualidade de vida das pessoas, provocando consequências desagradáveis tanto para os usuários, os pacientes, os clientes, como para profissionais e as instituições.1–4 Dessa forma, os profissionais de enfermagem, enquanto responsáveis por grande parte das ações assistenciais, encontram-se em posição de destaque para reduzir a ocorrência de incidentes, detectando complicações de modo precoce e realizando condutas necessárias para minimizar os danos.1,2

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que danos à saúde ocorram em dezenas de milhares de pessoas todos os anos no mundo1,2 e considera que a segurança do paciente corresponde ao mínimo aceitável do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde.2

Na assistência à saúde, as consequências das possíveis falhas trazem impactos negativos tanto para os usuários/pacientes/clientes/trabalhadores e suas famílias, quanto para as instituições e para a sociedade.2,3 E, entre os procedimentos de cuidado em saúde, a administração de medicamentos é o mais comumente realizado.1,5–7

Tomando como parâmetro o fato de que os erros que ocorrem durante a administração de medicamentos são evitáveis, conhecer os riscos capazes de elevar o potencial para a ocorrência desses erros é elemento essencial no gerenciamento e na implementação de ações de segurança do paciente.1,6 Os profissionais de saúde que prestam o cuidado, incluindo a equipe de enfermagem, são elementos-chave no processo de evitar erros, impedir decisões ruins referentes aos cuidados e, também, de assumir um papel de liderança no avanço e no uso de estratégias para promover a segurança e a qualidade do cuidado.2

Esses dados sugerem que promover práticas seguras de injeção é indispensável.5 Essa perspectiva requer considerar como se dão as aplicações injetáveis por via IM nos cenários do cuidado, do ponto de vista da prática embasada em evidências,2 incluindo a escolha do sítio de aplicação. Isso porque, ainda que considerada uma técnica básica, esse procedimento pode acarretar eventos adversos graves se não for executado corretamente.5,8,9

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