Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- elencar os aspectos histórico-conceituais da síndrome de burnout;
- avaliar a sintomatologia e a epidemiologia da síndrome de burnout;
- descrever os fatores preditores e as consequências da síndrome de burnout;
- realizar a prevenção, o controle e o tratamento da síndrome de burnout;
- revisar a importância da sistematização da assistência de enfermagem (SAE);
- utilizar a SAE na prevenção e no controle da síndrome de burnout em profissionais de enfermagem.
Esquema conceitual
Introdução
Os níveis significativos de distúrbios psicológicos e sofrimento psíquico entre profissionais de saúde têm sido relatados mundialmente, devido ao impacto negativo na saúde e no bem-estar dessas pessoas, bem como na qualidade da assistência prestada ao usuário do serviço de saúde.1,2
O referido cenário resulta da complexidade e dinamicidade do processo de trabalho em saúde, que é permeado por cargas e tensões ocupacionais, das quais destacam-se as relações interpessoais conflituosas, o convívio diário com o sofrimento e a dor, as longas jornadas laborais, o trabalho em turnos, o pessoal insuficiente, a alta exigência de produtividade, a sobrecarga laboral e a precarização das condições de trabalho.2,3
Quando as estratégias de defesa do indivíduo são ineficazes para o enfrentamento das situações provenientes do ambiente de trabalho, pode ocorrer a síndrome de burnout, que possui alta prevalência entre os trabalhadores da saúde, sobretudo, na equipe de enfermagem,2 que representa de 60 a 89% da força de trabalho em saúde e é responsável por até 90% de todos os serviços de saúde.4 Assim, por estar entre as principais condições que acometem o trabalhador de enfermagem, este capítulo discorrerá sobre os principais aspectos relacionados à síndrome.