- Introdução
A dor é definida pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (International Association for the Study of Pain – IASPAssociação Internacional para o Estudo da Dor) como “uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada com lesão real ou potencial dos tecidos ou descrita em termos dessa lesão”.
A dor pode ser classificada em aguda ou crônica.1-3 A dor aguda está descrita na vigência de uma lesão, e a dor crônica quando não pode ser mais justificada (em geral, porque já ocorreu resolubilidade da lesão) e com duração maior do que 3 meses.1-6 Neste artigo, vamos discutir aspectos da dor aguda, comumente encontrada nos procedimentos realizados em pacientes no Departamento de Emergência (DEDepartamento de Emergência).1,2
A experiência da dor ocorre em 78% dos casos na emergência. Apesar de sua significante frequência, estudos demonstram que 70% dos pacientes com dor aguda no DEDepartamento de Emergência não recebem nenhum tipo de medicação. Entre os vários motivos para o não tratamento correto da dor, o desconhecer ou mesmo subestimar o assunto, sendo esse segundo um dos maiores obstáculos.1-3
A dor e a reação de estresse podem ser fatores agravantes da condição do paciente, necessitando assim de prioridade. Por isso, vamos abordar neste artigo uma breve revisão da fisiologia e anatomia do sistema nervoso sensitivo e a analgesia em Medicina de Emergência, bem como suas indicações e complicações.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- revisar brevemente a fisiologia e anatomia do sistema nervoso sensitivo;
- conhecer os principais aspectos da analgesia e sedação para procedimentos em Medicina de Emergência;
- considerar indicações e complicações da analgesia e sedação procedimental em Medicina de Emergência.
- Esquema conceitual