Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- descrever a epidemiologia da cirrose hepática e sua fisiopatologia;
- caracterizar a apresentação clínica da cirrose hepática;
- contextualizar a assistência de enfermagem ao paciente com cirrose hepática nas unidades de terapia intensiva (UTIs).
Esquema conceitual
Introdução
Com a expansão da expectativa de vida e do crescimento populacional, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são as principais causas de morbidade, mortalidade e incapacidade no Brasil e no mundo. Em 2017, foram responsáveis por 73,4% das mortes.1 Entre elas, a mortalidade por cirrose e outras doenças crônicas do fígado vêm ganhando destaque pela sua magnitude.
Em 2017, a taxa de mortalidade por cirrose hepática constituiu 2,4% de todas as mortes no mundo. Essa doença causou mais de 1,32 milhões de mortes: 440 mil em mulheres e 883 mil em homens. Além disso, levou quase 41,4 milhões de pessoas a incapacidades.1
Segundo dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (Datasus), no País, em 2019, houve 9.506 mortes por fibrose e cirrose do fígado. A região sudeste concentra a maior proporção, com 4.934, seguida da região nordeste, com 1.938 óbitos, com maior frequência no sexo masculino.2
Nesse contexto, é necessário apresentar a clínica da cirrose hepática para um melhor conhecimento do enfermeiro baseado em evidências, visto que essa doença hepática causa danos progressivos e vem aumentando e requerendo cada vez mais atenção dos profissionais de saúde.