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ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO EMERGENCIAL ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA URBANA POR ARMA DE FOGO E ARMA BRANCA

Autores: Paulo Afonso Alves de Souza , Mayra Wilbert Rocha, Graciele Oroski Paes, Roberta Milanez
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  • Introdução

O número de casos de vítimas da violência urbana cresce a cada ano, principalmente nas grandes cidades, em virtude das péssimas condições de vida e da dificuldade de acesso à educação e ao lazer da população. Muitas são as vítimas de perfuração por arma de fogo (PAFperfuração por arma de fogo) e perfuração por arma branca (PABperfuração por arma branca) que chegam aos grandes centros de trauma exigindo das equipes de saúde conhecimentos, habilidades e experiência para um atendimento de qualidade e com maiores chances de bons prognósticos.

Nesse contexto, é necessária a compreensão do impacto da violência na sociedade e, consequentemente, das demandas dos atendimentos emergenciais. Além disso, há que se reconhecer a vítima em estado crítico, estabelecer a prioridade de atendimento e as intervenções necessárias a cada caso e compreender o papel do enfermeiro frente a esse tipo de trauma. Assim, parte-se do pressuposto que as vítimas de PAFperfuração por arma de fogo e PABperfuração por arma branca, para sobreviverem, dependem do atendimento emergencial da equipe multidisciplinar.

A enfermagem vem atuando em modalidades de serviços de urgência e emergência em posições de destaque, consideradas na Portaria nº 2.048/GM, de 5 de novembro de 2002, do Ministério da Saúde (MSMinistério da Saúde), que trata sobre as atribuições dos profissionais de saúde no atendimento pré e inter-hospitalar,1 e na resolução COFEN nº 300/2005, revogada pela resolução COFEN nº 375 de 2011, que resolve, em seu art. 1º: “Que no atendimento pré hospitalar e inter-hospitalar de suporte básico e suporte avançado de vida, os procedimentos de enfermagem previstos em lei sejam privativamente desenvolvidos por enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem, de acordo com a complexidade da ação sob a supervisão direta do enfermeiro”.2

O enfermeiro emergencista é o principal gestor de cuidados imediatos e qualitativos à vítima e, como tal, necessita de atualizações na área. Dessa forma, o artigo abordará a importância do enfermeiro no atendimento emergencial às vítimas de violência urbana, que, além de características psicológicas e humanísticas para prestar o atendimento, necessita também de conhecimentos teóricos e de treinamento permanente para exercer tal atividade.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

 

  • reconhecer, do ponto de vista social, a violência urbana e o impacto significativo da demanda nas emergências públicas;
  • conhecer o mecanismo das lesões mais prováveis, de acordo com os princípios da transferência de energia nos casos de PAFperfuração por arma de fogo e PABperfuração por arma branca;
  • prestar os cuidados emergenciais ao paciente vítima de PAFperfuração por arma de fogo e PABperfuração por arma branca de acordo com o método mnemônico ABCDE;
  • atuar de forma eficaz e eficiente frente à vítima de PAFperfuração por arma de fogo e PABperfuração por arma branca.
  • Esquema conceitual
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