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CONDUTAS EMERGENCIAIS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM CHOQUE

Autores: Graciele Oroski Paes, Victor Hugo Souza Alves Vieira, Samara Oliveira Moreira, Tamiris Gonçalves Ferreira Martins
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  • Introdução

A emergência é um cenário de alta complexidade em que se encontram pacientes com as mais variadas patologias, suscitando inúmeras dúvidas por parte da equipe de enfermagem. Em situações emergenciais, cabe aos profissionais de saúde, inclusive aos da enfermagem, a tomada de decisão rápida e a implementação de condutas para minimização das intercorrências.

A compreensão de que atendimento de qualidade em emergência relaciona-se aos saberes e às práticas vivenciados pela equipe conjuntamente com o conhecimento abarcado em patologias específicas, sua fisiologia, tratamento e condutas deve ser reiterada.

Este artigo trata de uma síndrome muito observada no âmbito da emergência e que demanda uma conduta rápida por parte da equipe de enfermagem: o choque.

Até meados do século XX, a definição de choque baseava-se na clínica do paciente e era similar à da hipotensão, quando, à época, só se utilizava a medida de pressão arterial (PApressão arterial) para avaliação hemodinâmica dos pacientes. A compreensão de que o choque é uma síndrome de hipoperfusão tecidual, e não somente hipotensão, foi estabelecida posteriormente.1

Atualmente, as pesquisas avançaram em relação à classificação do choque e suas diferentes causas. A abordagem ao paciente evolui de maneira exponencial; porém, ainda se observa a alta taxa de mortalidade dos pacientes com essa síndrome, que varia de acordo com a classificação de cada tipo de choque.

É importante atentar para a conduta da equipe de enfermagem frente aos casos de choque, no que tange à fácil identificação do estado de choque, bem como ao estabelecimento de estratégias com vistas a prestar o atendimento rápido e qualificado. Torna-se importante destacar que o prognóstico do paciente se correlaciona intimamente com o início da implementação de medidas que interrompam o fluxo do choque.

Quanto mais rápido e eficaz for o atendimento ao paciente em choque, melhores são suas chances de sobrevida. O atendimento inicial torna-se, portanto, medida fundamental para a tentativa de restaurar a perfusão tecidual, diminuída nesse caso.

O choque é uma condição fisiopatológica comum em cuidados intensivos, afetando cerca de um terço dos pacientes internados em ambientes de terapia intensiva. Em um estudo envolvendo mais de 1.600 pacientes em choque distribuídos aleatoriamente para receber infusão de dopamina ou noradrenalina, verificou-se a ocorrência de:2

 

  • choque séptico em 62%;
  • choque cardiogênico em 16%;
  • choque hipovolêmico em 16%;
  • outros tipos de choque distributivo em 4%;
  • choque obstrutivo em 2%.

O choque apresenta-se como uma condição que merece atenção especial por parte da equipe de enfermagem, principalmente no que tange ao estabelecimento de condutas emergenciais para seu tratamento e reversão de quadro clínico. Portanto, compreende-se a importância do atendimento de enfermagem de qualidade como fundamental em situações emergenciais para o restabelecimento do fluxo sanguíneo corporal e a melhora da perfusão orgânica.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor possa:

 

  • reconhecer os sinais clínicos de choque;
  • identificar os tipos de choque;
  • indicar condutas de enfermagem visando ao tratamento do paciente em choque.
  • Esquema conceitual
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