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Atualidades na avaliação e tratamento da dor femoropatelar

Autores: Ronaldo Valdir Briani, Marina Cabral Waiteman, Fábio Mícolis de Azevedo
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • identificar as características clínicas da dor femoropatelar (DFP);
  • estabelecer o diagnóstico da DFP;
  • identificar as principais ferramentas que possam ser utilizadas na avaliação fisioterapêutica da DFP;
  • propor o método de tratamento mais adequado para a DFP.

Esquema conceitual

Introdução

A DFP é uma desordem musculoesquelética caracterizada pela presença de dor ao redor ou atrás da patela durante atividades como subir e descer escadas, permanecer sentado por tempo prolongado, agachar, saltar e correr.1

O início dos sintomas da DFP pode ser lento ou se desenvolver de forma aguda. No entanto, ele está comumente associado ao aumento repentino (isto é, não gradual) da realização de atividades que aumentam a sobrecarga na articulação femoropatelar, como as citadas.2

A DFP afeta aproximadamente 23% da população geral e é responsável por até 17% de todas as dores no joelho avaliadas em clínicas de fisioterapia e ortopédicas.2 Ela também apresenta elevada cronicidade, com aproximadamente 91% das pessoas com DFP reportando sintomas até 18 anos após o diagnóstico inicial.

Esse contexto de dor crônica durante atividades esportivas e atividades da vida diária (AVDs) promove a diminuição:3

  • da realização de atividades físicas;
  • da qualidade de vida (QV);
  • do bem-estar psicológico.

Sintomas de ansiedade e depressão são frequentemente reportados por essas pessoas. Outras alterações psicológicas menos convencionais, mas não menos importantes, como a cinesiofobia (isto é, evitação do movimento por medo da dor ou lesão) e a catastrofização da dor (isto é, cognições e emoções negativas exageradas à dor real ou percebida) também são reportadas por pessoas com DFP.3

Por fim, estudos recentes sugerem a DFP como possível precursora da osteoartrite femoropatelar.1 Portanto, a avaliação e o tratamento adequado dessa desordem são importantes para a melhora da QV das pessoas com DFP; ambos serão discutidos em detalhes a seguir.

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