Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- conhecer a prevalência da dor em pessoas idosas portadoras de demência;
- identificar as principais causas de dor em idosos com demência;
- avaliar a presença de dor em idosos nas diferentes fases de um quadro demencial;
- descrever as principais barreiras à identificação da dor em pessoas idosas com demência;
- revisar escalas observacionais validadas para avaliar a dor em pacientes com demência grave;
- identificar pontos de educação da equipe multiprofissional sobre o assunto.
Esquema conceitual
Introdução
A dor é um sintoma comum na pessoa idosa com demência. Os motivos estão associados às doenças prevalentes nessa população, como osteoartrite, neuropatia e outras condições. Ao contrário de estudos antigos, esses pacientes continuam sentindo dor, mas, com o avançar da perda cognitiva, apresentam dificuldade em expressar sua dor.
É desafiador aos cuidadores diferenciar um desconforto de posicionamento ou fraldas sujas de uma dor. O autorrelato do paciente nas fases iniciais da demência é o padrão-ouro de avaliação. Nas fases mais avançadas da demência, as escalas observacionais são úteis e recomendadas para melhor avaliação do quadro doloroso.
É importante que familiares e cuidadores sejam treinados e educados sobre a avaliação da dor de forma rotineira para que se garanta qualidade de vida a esses pacientes.