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CONTEXTO DAS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA E SUA INFLUÊNCIA NA DOR CRÔNICA, NA DEPRESSÃO E NO PADRÃO DO SONO

Autores: Natalia Tavares Braga, João Batista Santos Garcia
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • refletir sobre a vivência das pessoas em situação de rua;
  • discutir sobre as vulnerabilidades da população em situação de rua;
  • analisar o impacto da situação de rua na qualidade de vida;
  • correlacionar a dor com a depressão e o sono;
  • promover ações direcionadas a pessoas em situação de rua;
  • contribuir para políticas públicas voltadas à população em situação de rua.

Esquema conceitual

Introdução

A população em situação de rua, caracterizada pela extrema pobreza e pela ruptura de laços familiares, ganhou reconhecimento global por volta de 1980.1 Essa condição abrange uma variedade de situações habitacionais, apresentando desafios relevantes, como a invisibilidade social. A falta de dados oficiais no censo brasileiro exclui esse grupo por não possuir estrutura familiar ou residência fixa.2,3

As pessoas em situação de rua frequentemente se concentram em áreas centrais, enfrentando obstáculos arquitetônicos e lidando com adversidades, como a falta de moradia permanente. Elas sofrem privações materiais e estão sujeitas ao envelhecimento e adoecimento nas ruas, o que dificulta a transição para moradia estável ou emprego. Essas condições precárias de saúde contribuem para uma compreensão ou aceitação inadequada de doenças crônicas.4-6

A dor crônica entre pessoas em situação de rua é agravada pela falta de estrutura adequada, o que contribui para a má qualidade do sono devido a superfícies ásperas e exposição ao clima. Essas condições precárias não apenas interferem no descanso adequado durante a noite, mas também desencadeiam distúrbios mentais, sendo mais prevalente a depressão. Isso ocorre à medida que os indivíduos enfrentam a falta de estruturas sociais estáveis e a constante luta pela sobrevivência.7

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