AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DAS PLAQUETOPENIAS

• Introdução

As plaquetas são fragmentos celulares responsáveis pela homeostasia sanguínea primária. A redução do número normal de plaquetas (plaquetopenia ou trombocitopenia) é um achado relativamente frequente na infância. Uma vez descartado tratar-se de uma pseudotrombocitopenia (alteração laboratorial não verdadeira), o médico pediatra deverá ser capaz de realizar o diagnóstico diferencial inicial e definir a necessidade de encaminhamento do paciente a um médico especialista.

Para se chegar ao diagnóstico diferencial inicial, é importante conhecer os valores de referência normais relativos às plaquetas, mas também as patologias mais frequentes e suas distribuições conforme as diferentes faixas etárias. Além disso, algumas síndromes com plaquetopenias de herança familiar podem manifestar-se com achados clínicos característicos, tais como a síndrome de Wiskott-Aldrich com eczema e infecções repetidas; ou a trombocitopenia com ausência de rádio (TARtrombocitopenia com ausência de rádio) que, como o próprio nome diz, vem associada à ausência bilateral do osso rádio.

A causa mais frequente de plaquetopenia isolada na infância é a trombocitopenia imune primária (PTItrombocitopenia imune primária), patologia benigna com resolução espontânea na maior parte dos casos. Outras causas de plaquetopenia na infância são também revisadas, permitindo assim a adequada avaliação e o diagnóstico diferencial.

• Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

• reconhecer as principais causas de plaquetopenia na infância;
• estabelecer o diagnóstico diferencial de plaquetopenia na infância;
• propor exames diagnósticos iniciais para plaquetopenia na infância;
• reconhecer os casos de plaquetopenia na infância que podem representar urgências ou necessitar de avaliação por médico hematologista;
• realizar o manejo inicial das causas mais frequentes de plaquetopenia na infância.

• Esquema conceitual