Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- descrever o desenvolvimento histórico das principais teorias psicológicas do luto;
- definir os critérios de luto normal e luto complicado;
- identificar instrumentos de avaliação para enlutados;
- reconhecer a importância de práticas baseadas em evidências para o atendimento de pessoas enlutadas.
Esquema conceitual
Introdução
Assista aqui a vídeo aula do capítulo.
Assista aquiO luto pode ser entendido como uma reação esperada frente à perda, que, dependendo da pessoa ou objeto perdido, pode significar uma alteração drástica no ambiente e um fator de vulnerabilidade importante para a qualidade de vida e saúde mental do enlutado. Além disso, a perda pode representar um evento traumático e, como consequência, o sujeito pode emitir comportamentos de fuga ou esquiva de situações aversivas que o façam relembrar do ocorrido.1
Essas situações podem servir como gatilhos (discriminativos) e, muitas vezes, eliciar respostas emocionais intensas. Ver uma fotografia, comer algo específico ou visitar um local conhecido pode trazer à tona lembranças frequentemente dolorosas. Saber lidar com situações como essas é importante e, em muitos casos, o apoio profissional poderá auxiliar o enlutado em seu processo de restituição da perda.2
Ao longo da história da humanidade, inúmeros costumes, crenças e rituais foram desenvolvidos e compartilhados para apoiar as pessoas frente a morte e em situações de perdas. No entanto, no Ocidente, desde o século passado nota-se uma tendência de secularização dos processos de morte e luto e, junto a isso, teorias científicas e propostas de avaliação e intervenção baseadas em evidências têm sido cada vez mais divulgadas nos meios acadêmicos.3