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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRIMEIRA INFÂNCIA

Marcela Mansur Alves

Mônia Aparecida da Silva

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer as especificidades do processo de desenvolvimento cognitivo, da motricidade, de comunicação e de linguagem e socioemocional do 0 aos 3 anos de idade;
  • discorrer sobre o processo de avaliação psicológica do 0 aos 3 anos de idade, apresentando as formas disponíveis de avaliação com vantagens e com desvantagens do uso de cada uma delas;
  • identificar os desafios do uso de instrumentos para a avaliação do desenvolvimento de bebês e de crianças pequenas, bem como os cuidados necessários para a escolha de tais instrumentos;
  • conduzir, a partir de um exemplo clínico, o processo de avaliação do desenvolvimento do bebê e da criança pequena.

Esquema conceitual

Introdução

Assista aqui a vídeo aula do capítulo.

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Do ponto de vista do desenvolvimento psicológico, entende-se a primeira infância como o período do ciclo vital compreendido entre 0 e 6 anos de idade. Embora, mais recentemente, entidades internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), venham advogando que esse período seria mais extenso, iniciando aos 0 e encerrando-se mais ou menos aos 8 anos.1,2

Apesar de algumas divergências referentes à idade que caracterizaria o final da primeira infância, há um consenso de que esses primeiros anos são críticos para o desenvolvimento, sendo um período de acelerado crescimento e complexificação do sistema nervoso, quando este estaria mais suscetível a mudar em resposta às influências do ambiente.3,4 Assim, pois, parece lógico supor que alguns cuidados e recursos nessa fase inicial da vida são essenciais para uma trajetória desenvolvimental bem-sucedida nos aspectos físico, cognitivo, emocional e social.

Segundo o relatório da Organização Não Governamental Save the Children de 2018,5 1 bilhão de crianças vive em países assolados pela pobreza. Tais crianças possuem alta probabilidade de morrerem antes dos 5 anos de idade. A OMS aponta que 43% das crianças (250 milhões) vivendo em países em desenvolvimento não alcançarão seu potencial máximo. Isso porque condições como má nutrição, doenças infecciosas, exclusão escolar, trabalho infantil, casamento infantil, gravidez precoce, estimulação cognitiva inadequada e violência extrema afetam, de forma consistente e massiva, o desenvolvimento infantil, com consequências em curto e em longo prazos.

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