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AVANÇOS NA CIRURGIA DE VITRECTOMIA VIA PARS PLANA

Autor: Mauricio Maia
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer as evoluções da cirurgia vitreorretiniana nos últimos anos;
  • verificar a visão sobre os diversos aspectos que envolvem a vitrectomia via pars plana moderna;
  • apontar o motivo da cirurgia vitreorretiniana ser segura e eficaz.

Esquema conceitual

Introdução

A compreensão sobre as doenças da retina evoluiu com o desenvolvimento de novas tecnologias de diagnóstico, e as indicações de abordagem cirúrgica acompanharam essa evolução. Assim, novas técnicas cirúrgicas e novas tecnologias contribuíram para o avanço da cirurgia vitreorretiniana. Inicialmente considerada uma cirurgia insegura e ineficaz, atualmente se tornou de alta tecnologia, segura e previsível na maioria dos casos.

A cirurgia vitreorretiniana apresentou muitas mudanças desde sua primeira realização, em 1970, por Robert Machemer.1 No entanto, nos últimos anos, os avanços tecnológicos proporcionaram importantes mudanças no entendimento e na avaliação das doenças vitreorretinianas, bem como nos equipamentos utilizados durante a cirurgia.

A vitrectomia se transformou de sistemas 17 gauge (G) e 400 cortes por minuto (cpm) para sistemas de esclerotomias de 27G e até com 20.000cpm, tornando-se uma cirurgia mais eficaz e menos traumática em casos selecionados.2 Além disso, os avanços incluem melhor controle de pressão intraocular durante a cirurgia ocular e melhora na qualidade de visualização intraoperatória.

A cirurgia vitreorretiniana é uma das áreas da oftalmologia que mais sofreu mudanças nas últimas décadas. Toda nova tecnologia precisava ter suas vantagens comprovadas e possuía limitadores para rápida adoção, como custo elevado, curva de aprendizado do cirurgião e preferência do cirurgião à técnica anteriormente em uso.

Os avanços na cirurgia vitreorretiniana podem ser divididos em diferentes aspectos: diâmetro da esclerotomia, sistemas de vitrectomia posterior, cromovitrectomia, sistemas de visibilização intraoperatória e sistemas para tomografia de coerência óptica intraoperatória (OCTi).

Síndrome de tração vitreomacular, membrana epirretiniana (MER) e buraco macular de espessura total possuem fisiopatologia semelhante, havendo indicação de abordagem cirúrgica para vitrectomia com peeling de membrana limitante interna (MLI) nos casos com piora da qualidade visual importante, tais como metamorfopsia ou baixa acuidade.

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