Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- revisar os principais avanços recentes ocorridos no manejo da neoplasia esofagiana precoce;
- conceituar o câncer precoce do esôfago e a neoplasia superficial de esôfago;
- identificar os principais fatores de risco para o carcinoma de células escamosas (CCE) de esôfago;
- analisar morfologicamente as lesões precoces utilizando o endoscópio de alta resolução;
- avaliar o papel da cromoscopia com corantes, cromoscopia digital e magnificação de imagens;
- realizar o diagnóstico das formas iniciais da neoplasia esofagiana precoce;
- propor o estadiamento da neoplasia superficial de esôfago;
- utilizar as diferentes classificações estabelecidas pelas principais sociedades internacionais;
- indicar a dissecção endoscópica de submucosa (DES) em tumores superficiais de esôfago;
- revisar as técnicas de ressecção endoluminal minimamente invasiva por via endoscópica;
- avaliar a técnica de DES e seus resultados no tratamento do CCE precoce de esôfago;
- realizar o seguimento dos pacientes após ressecção endoscópica do câncer precoce esofágico.
Esquema conceitual
Introdução
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de esôfago é o sexto mais frequente entre os homens e o décimo quinto entre as mulheres no Brasil. Em âmbito global, é o oitavo mais frequente, e a incidência em homens é cerca de duas vezes maior do que em mulheres. O tipo de câncer de esôfago mais frequente ainda é o CCE, apesar do crescimento significativo da incidência do adenocarcinoma nos anos recentes.1
O câncer de esôfago constitui a terceira causa de morte por câncer digestivo.2 O prognóstico é reservado, com taxa de sobrevida em 5 anos de apenas 15%.3 Quando o diagnóstico do CCE de esôfago é feito em estágio inicial, o prognóstico é sensivelmente melhor, com taxas de sobrevida de 95% em 5 anos.4