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GASTRITES, GASTROPATIAS E DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA

Autores: Elisa Ryoka Baba, Cláudio Lyoiti Hashimoto , Bruno Salomão Hirsch
epub-BR-PROENDOGASTRO-C1V1_Artigo3

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • diferenciar a gastrite, gastropatia e dispepsia;
  • avaliar a importância do Helicobacter pylori nas afecções crônicas gastroduodenais;
  • identificar outros fatores de risco para afecções crônicas gastroduodenais;
  • detectar os pacientes com menor ou maior risco de gastrite atrófica e câncer gástrico;
  • revisar os mais novos conceitos de avaliação gástrica;
  • revisar a fisiopatologia e a clínica das doenças ulcerosas pépticas (DUPs) gastroduodenais;
  • utilizar as principais classificações na clínica endoscópica;
  • realizar a propedêutica endoscópica para úlceras pépticas (UPs).

Esquema conceitual

Introdução

A gastrite e a gastropatia correspondem a lesões da mucosa gástrica, em que coexistem dano celular epitelial e processo regenerativo. A gastrite deve necessariamente apresentar processo inflamatório predominante, enquanto a gastropatia pode ocorrer sem inflamação ou com sua mínima presença. Assim, a designação de gastrite deve ser restrita às situações em que coexistem lesão celular, processo regenerativo e inflamatório da mucosa, frequentemente secundário à etiologia infecciosa ou autoimune, embora possa resultar também de reações medicamentosas ou de hipersensibilidade.1

Os quadros produzidos por anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), refluxo biliar, estresse, distúrbios vasculares (hipovolemia, isquemia, congestão crônica), radiação, quimioterapia e álcool, que produzem intenso dano celular, porém, sem componente inflamatório, são denominados de gastropatias reativas.2 Por isso, em algumas condições, não está incorreto utilizar o termo gastrite reativa, pois pode depender da existência do componente inflamatório concomitante. O endoscopista, na maioria dos casos, pode fazer distinção entre gastrite e gastropatia com base nos achados endoscópicos e dados clínicos. Entretanto, o exame histopatológico é considerado essencial ao diagnóstico e estadiamento da gastrite atrófica, devendo ser rotina na prática atual.1

A UP é uma condição em que há solução de continuidade da mucosa gástrica e/ou duodenal, que se estende através da muscular da mucosa. De forma semelhante ao que ocorre nas gastrites agudas, é consequência do desequilíbrio dos fatores agressivos com fatores protetores da integridade da mucosa gastroduodenal.3 Neste capítulo, serão apresentados os principais conceitos dessas três condições, detalhando as classificações e diferenciando pontos que, por muitas vezes, confundem o médico examinador.

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