Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- analisar os fundamentos da ciência da implementação;
- identificar os principais modelos que norteiam a implementação de serviços farmacêuticos;
- avaliar os modelos brasileiros de implementação de serviços farmacêuticos.
Esquema conceitual
![](https://api.plataforma.grupoa.education/v1/portalsecad/articles/13453/links/Images/EC_Ciencia.png)
Introdução
No Brasil, os serviços clínicos providos por farmacêuticos (SCFs) têm se expandido, em parte pelo respaldo legal concedido por órgãos como o Conselho Federal de Farmácia (principalmente pela publicação da Resolução nº 585/2013, que trata das atribuições clínicas do farmacêutico,1 e da Resolução nº 586/2013, que aborda a prescrição farmacêutica),2 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Ministério da Saúde.
Apesar desse incentivo, pesquisas realizadas no Brasil têm demonstrado que a implantação dos SCFs ainda não está consolidada. Isso ocorre, em parte, devido à complexidade do processo de implantação, que é influenciado por vários fatores e requer a adoção de estratégias multivariadas.
Diante dessa problemática, a ciência da implementação tem sido utilizada com o objetivo de compreender os fatores que influenciam a implantação desses serviços, além de desenvolver e testar soluções para superar as barreiras relacionadas à incorporação do serviço na prática e garantir a sua sustentabilidade.
A ciência da implementação tem reconhecido a necessidade de estabelecer as bases teóricas da implantação e de estratégias para facilitar esse processo. A ausência dessa base teórica pode dificultar a compreensão e a explicação de como e por que a implantação é bem ou malsucedida. Portanto, há interesse crescente no uso de modelos e frameworks que possam auxiliar nesse processo.