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COLECISTECTOMIA DIFÍCIL: O QUE FAZER?

Autor: André de Moricz
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  • Introdução

A colecistectomia é a cirurgia eletiva mais realizada pelo cirurgião do aparelho digestivo, e as complicações da doença litiásica da vesícula correspondem à terceira causa de internação de urgência não traumática em serviços de emergência.1

Se um cirurgião-geral ou do aparelho digestivo operar cinco colecistectomias por mês, ao final de 5 a 10 anos, terá realizado de 300 a 600 cirurgias, respectivamente. Nesse contexto, se a cirurgia apresentar algum grau de dificuldade (15 a 18%), em razão de fatores relacionados com o paciente (obesidade, cirurgias prévias, anomalias anatômicas, doenças associadas, etc.) ou com a doença litiásica complicada (síndrome de Mirizzi, coledocolitíase, colecistite aguda gangrenosa, empiema de vesícula, etc.), pode-se considerar que o cirurgião estará diante de uma “colecistectomia difícil” em 45 a 90 casos nesse período.2,3

Por conta da dificuldade técnica, pela condição local do paciente ou por algo relativo à doença, os riscos para complicações, ou mesmo para intercorrências, durante o procedimento aumentam consideravelmente, os quais são a hemorragia e a temida lesão de via biliar. Neste cenário, o que fazer?

A partir da experiência do autor deste artigo, e com base na literatura, serão aqui apresentadas algumas opções táticas e de técnicas para contornar as dificuldades mais frequentes que o cirurgião poderá encontrar na realização de uma colecistectomia considerada difícil.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • identificar e definir uma colecistectomia difícil;
  • reconhecer as principais situações clínicas relacionadas com o doente e com a doença vesicular durante uma colecistectomia difícil;
  • aprender estratégias cirúrgicas quanto a como proceder ao vivenciar tais situações.

 

  • Esquema conceitual
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