Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os agentes causadores das intoxicações por plantas tóxicas em crianças;
- revisar as competências e habilidades necessárias em emergências por intoxicação exógena;
- propor um plano de cuidados para crianças com suspeita de intoxicação exógena;
- realizar o diagnóstico de enfermagem em emergências pediátricas por intoxicação exógena.
Esquema conceitual
Introdução
O Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) registrou, no ano de 2017, 200 casos de intoxicação no Brasil entre a população adulta. De acordo com os Centros de Informações Toxicológicas (CIT), em geral, a intoxicação por plantas ocorre acidentalmente, protagonizada por crianças, após a ingestão ou o contato com o vegetal.1,2
As crianças na faixa etária de 1 a 9 anos são mais vulneráveis a esse tipo de acidente doméstico.3 Entre as causas mais comuns de intoxicação entre as crianças menores de 9 anos, está o desconhecimento das espécies de plantas tóxicas por parte da população em geral. As plantas ornamentais são encontradas facilmente nos ambientes domiciliares, sem que haja uma preocupação com sua toxicidade.
Existem centenas de espécies de plantas que podem causar efeitos tóxicos após a sua ingestão inadequada. Neste capítulo, será abordada a emergência pediátrica após a ingestão da planta conhecida popularmente no Brasil como comigo-ninguém-pode.4
Essa espécie de planta foi escolhida por ser encontrada com muita frequência nos jardins das residências brasileiras. A ingestão dessa planta pode causar edema das membranas mucosas, provocando dificuldade de deglutição. Se o edema for intenso, a criança corre risco de morrer devido à total obstrução das vias aéreas. Nesses casos, há a necessidade de atendimento especializado urgente.4