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EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS: IMPLANTAÇÃO DE PROTOCOLOS ASSISTENCIAIS DIANTE DA PANDEMIA DE COVID-19 — AÇÕES DE ENFERMAGEM

Simone de Oliveira Paixão

Bruno Dias

Renê dos Santos Spezani

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • identificar as atualizações para o enfrentamento da COVID-19 nas urgências e emergências cirúrgicas;
  • reconhecer os conceitos de urgência e emergência cirúrgica no atual contexto de pandemia;
  • reconhecer os novos fluxos e protocolos para o enfrentamento da COVID-19 nas emergências cirúrgicas.

Esquema conceitual

Introdução

Segundo o Ministério da Saúde, o novo coronavírus foi identificado em Wuhan, na China, ainda em dezembro de 2019, cujos primeiros casos foram confirmados em janeiro de 2020. Trata-se de um vírus da ordem Nidovirales, da família Coronaviridae, sendo altamente patogênico e responsável por causar síndrome respiratória e gastrintestinal.1–4

A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, que apresenta um espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves.1–4 De acordo com a OMS, a maioria (cerca de 80%) dos pacientes com COVID-19 pode ser assintomática ou oligossintomática (com poucos sintomas), e aproximadamente 20% dos casos detectados requerem atendimento hospitalar, por apresentarem dificuldade respiratória, dos quais cerca de 5% podem necessitar de suporte ventilatório.4

A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo, por meio de toque ou aperto de mãos contaminadas, gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro e objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, talheres, maçanetas, brinquedos e teclados de computador.3

O reconhecimento da pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) transformou o mundo. No âmbito do atendimento em emergências, foram instituídos protocolos e novos fluxos para que se tornasse possível e mais seguro o trabalho das equipes e fosse diminuída a possibilidade de transmissão do vírus SARS-CoV-2 entre os profissionais e os pacientes.

Os eventos de urgência e emergência, como eventos críticos, perigosos ou incidentes, não permitem demora no atendimento, exigem tratamento médico imediato e competem, atualmente, com o atendimento dos pacientes acometidos pela COVID-19.5 Com relação aos fluxos de trabalho evidenciados nas instituições de saúde, as experiências profissionais dos autores deste texto ratificam que, mesmo durante a pandemia de COVID-19, os incidentes traumáticos e não traumáticos continuam acontecendo, muitas vezes com necessidade de intervenção cirúrgica emergencial.

Foi necessária a adaptação de novos fluxos e protocolos também no atendimento aos pacientes cirúrgicos, e, seguindo a recomendação dos órgãos nacionais e internacionais, houve a suspensão das cirurgias eletivas e a implementação de medidas capazes de assegurar a minimização da transmissão do vírus.

Considerando que a pandemia da COVID-19 ainda é recente e que as informações sobre o vírus estão em constante atualização, a literatura a seu respeito ainda é escassa e mutável. Dessa forma, há necessidade de se estruturarem os serviços de atendimento às emergências cirúrgicas com o apoio de protocolos, orientações e recomendações de instituições de representatividade nacional e/ou internacional.

Vale ressaltar o protagonismo dos profissionais de enfermagem, com participação ativa, relevante e indispensável para a reorganização e adequação dos fluxos de atendimento, a instituição de novos protocolos, a divulgação e a educação para a população de medidas preventivas que possuem potencial de diminuir a transmissão da COVID-19 e, com isso, reduzir o impacto nas unidades hospitalares. Salientam-se, também, as conquistas alcançadas pela enfermagem brasileira neste período tão conturbado.

Este programa de atualização não está mais disponível para ser adquirido.
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