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CONCEITO MULLIGAN

Autores: Palmiro Torrieri Junior, Dan Gotlib Pilderwasser
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  • Introdução

Na terapia manual, existem diferentes modelos de técnicas de mobilização e manipulação articular que podem ser realizadas com técnicas de contatos muito suaves ou até mais enérgicas, como as de alta velocidade e baixa amplitude. Os conceitos atuais sobre a aplicação das técnicas são variados e dependem do binômio habilidade versus formação dos profissionais.

A história da terapia manual não poderia ser escrita sem ideias inovadoras aliadas ao raciocínio clínico de personagens fundamentais que proporcionaram saltos revolucionários na evolução dessa terapia; pessoas como Brian Mulligan, que utilizaram sua capacidade de observação, palpação e raciocínio clínico para abrir novos campos. Esses campos proporcionaram um avanço significativo na aplicação prática, assim como na mudança dos paradigmas e das fronteiras da terapia manual.

O conceito Mulligan é um modelo de terapia manual composto de técnicas simples que se baseiam na resposta sintomática do paciente. Essas técnicas envolvem reposicionamentos articulares enquanto o paciente realiza simultaneamente o movimento sintomático. Se o reposicionamento for efetivo, o movimento sintomático torna-se assintomático.

Apesar de as técnicas do conceito Mulligan serem muito parecidas biomecanicamente com as mobilizações do conceito Kaltenborn, o fato de adicionarem movimento ativo sobre um componente de reposicionamento passivo torna-as muito mais funcionais. Vale destacar que Freddy Kaltenborn foi instrutor de Brian Mulligan.

No campo da fisioterapia esportiva, o conceito Mulligan amplia os horizontes de possibilidades terapêuticas, permitindo que os pacientes sejam tratados, sempre que possível, na posição em que os sintomas acontecem.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • listar as bases do conceito Mulligan;
  • discutir a aplicabilidade do conceito Mulligan na fisioterapia musculoesquelética e esportiva;
  • explicar, em linhas gerais, a teoria da falha posicional e sua importância para o conceito Mulligan;
  • reconhecer o significado dos acrônimos CROCKS e PILL;
  • identificar as principais técnicas do conceito Mulligan utilizadas no tratamento de disfunções periféricas e dor cervical;
  • aplicar técnicas do conceito Mulligan a disfunções específicas, como epicondilite lateral (cotovelo de tenista), entorse de tornozelo e perdas de plantiflexão e dorsiflexão;
  • diferenciar as técnicas: movimentos apofisários naturais (NAGmovimento apofisário naturals, do inglês natural apophyseal glides), movimentos apofisários naturais sustentados (SNAGmovimento apofisário natural sustentados, do inglês sustained natural apophyseal glides) e mobilizações com movimento (MWMmobilização com movimentos, do inglês mobilizations with moviment).
  • Esquema conceitual
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