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CONDICIONAMENTO CARDIOVASCULAR APÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Vivianne Brenneissen Fernandes Alves

Lara Vasconcelos Pinto

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Introdução

O acidente vascular cerebral (AVC) é considerado como uma das condições de saúde com maiores taxas de morbidade em todo o mundo.1 Diversos fatores de risco podem levar a pessoa a apresentar um AVC. Embora a idade seja um fator de risco para a ocorrência do AVC, este pode ocorrer em qualquer faixa etária. Assim, o controle dos fatores de risco modificáveis é fundamental na prevenção do evento.2

Os avanços no manejo emergencial do AVC têm aumentado de forma progressiva à sobrevida dos indivíduos, porém, os impactos funcionais podem permanecer por anos após o evento. O AVC é responsável por causar deficiências (alterações) nas funções e nas estruturas corporais que podem causar limitações em atividades e restrições na participação do indivíduo.3

No Brasil, existe dificuldade de acesso a programas de reabilitação, inclusive para pessoas após AVC.4 Atualmente, observa-se que, mesmo quando o indivíduo está inserido em algum programa de reabilitação, o principal objetivo terapêutico é a recuperação das deficiências motoras, sensoriais e cognitivas geradas pelo evento. Entretanto, a prevenção secundária é um fator importantíssimo para o indivíduo após o AVC, visto que ele tem um elevado risco de sofrer eventos cardiovasculares, incluindo um novo AVC.2

As fortes evidências sugerem que a inserção de indivíduos após AVC em programas de condicionamento físico traz benefícios não somente para a saúde cardiovascular, mas também para a recuperação das funções motoras.5

Neste capítulo, serão abordados os aspectos da relação existente entre AVC e condicionamento cardiovascular, as evidências que suportam a prescrição de exercícios aeróbicos nessa população, bem como a forma pela qual o fisioterapeuta pode avaliar e prescrever o condicionamento aeróbico, considerando as limitações funcionais que o AVC pode causar.

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • avaliar os fatores de risco e as fases do AVC;
  • identificar as alterações funcionais e estruturais do indivíduo após AVC;
  • descrever a relação entre o exercício aeróbico e a neuroplasticidade;
  • realizar a avaliação da capacidade aeróbica em indivíduos após AVC;
  • prescrever o plano de condicionamento aeróbico após AVC;
  • revisar as evidências atuais que envolvem o exercício físico após AVC.

Esquema conceitual

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