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CONDUTA PROPEDÊUTICA E TERAPÊUTICA NA OTOLIQUORREIA

Autores: Ricardo Ferreira Bento, Fernando de Andrade Balsalobre
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  • Introdução

As fístulas liquóricas otológicas (FLOfístula liquórica otológica) podem ser resultantes de causas adquiridas ou, mais raramente, de causas congênitas.1 Entre as primeiras, os traumas e as cirurgias são as mais frequentes.2

As fístulas liquóricas otogênicas podem ser divididas, esquematicamente, em dois grandes grupos. O primeiro é formado por aquelas sem causa definida, sendo chamadas fístulas espontâneas. O segundo grupo inclui as não espontâneas, representadas, principalmente, por aquelas originadas de traumas do osso temporal e pós-cirurgias otológicas, sendo a complicação mais comum encontrada em pós-operatórios de cirurgia de exérese de neurinoma do acústico, enquanto a displasia de Mondini3 e a fissura timpanomeníngea de Hyrtl4 se enquadram no grupo das fístulas não espontâneas de origem congênita.

Em ordem decrescente de incidência de otoliquorreia, tem-se trauma de osso temporal, doença crônica otológica, pós-remoção de tumores e anomalias congênitas. A fístula liquórica espontânea é caracterizada pela ausência de história de trauma, cirurgia prévia ou alterações congênitas que as justifiquem.2

As apresentações clínicas das fístulas liquóricas otogênicas podem ser das mais diversas possíveis, e é necessário o conhecimento de cada uma delas, a fim de se fazer o diagnóstico precoce e realizar seu manejo e eventual correção cirúrgica, evitando-se, assim, complicações, como quadros infecciosos meníngeos. O objetivo deste artigo é orientar os profissionais médicos que atendem pacientes com fístulas otogênicas, conferindo-lhes conhecimento para diagnóstico e tratamento adequados.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

 

  • reconhecer a fístula otogênica por meio dos dados clínicos e achados de exame físico apresentados pelo paciente;
  • identificar os exames adequados para complementação e confirmação diagnóstica, além daqueles que servirão para o planejamento terapêutico;
  • classificar os tipos de fístula quanto a sua apresentação;
  • identificar em que momento deve-se optar pelo tratamento conservador ou cirúrgico;
  • avaliar, entre as condutas cirúrgicas, aquela de melhor indicação para cada tipo de fístula;
  • reconhecer a forma correta de conduzir o pós-operatório e o seguimento dos pacientes.
  • Esquema conceitual
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