- Introdução
A microcefalia é uma anomalia congênita (ACnomalia congênita) de etiologia complexa e multifatorial, que resulta em atrasos cognitivo e motor da criança, em que o cérebro não se desenvolve de maneira apropriada. É caracterizada por perímetro cefálico (PCperímetro cefálico) inferior ao adequado para a idade e o sexo, e pode ser identificada antes ou após o nascimento.1
Estima-se que, em condições normais, a taxa de incidência de agravos como a microcefalia seja de 1 a cada 6.250 a 8.500 nascidos vivos. Todavia, o Brasil vivenciou, repentinamente, um aumento significativo da quantidade de crianças diagnosticadas com essa condição. Isso foi evidenciado pela Organização Mundial da Saúde (OMSOrganização Mundial da Saúde), por meio de dados epidemiológicos que comparam o número de casos incidentes entre 2001 e 2014 (média de 163 casos de microcefalia por ano) com o período de outubro de 2015 a março de 2016 (6.158 casos de microcefalia).2
O aumento do número de casos de microcefalia no País pode ser decorrente de uma epidemia infecciosa associada a malformações e outras anomalias em recém-nascidos (RNrecém-nascidos), como a microcefalia e demais irregularidades cerebrais, que se propagou rapidamente nas Américas desde sua primeira identificação, em 2015.3
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- discorrer sobre o conceito de microcefalia;
- diferenciar a microcefalia de acordo com sua classificação;
- identificar a medida correta do PCperímetro cefálico para estabelecimento do diagnóstico de microcefalia de acordo com os parâmetros para meninas e meninos;
- reconhecer como orientar pais e/ou cuidadores da criança para a identificação precoce de intercorrências e a avaliação da evolução do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPMdesenvolvimento neuropsicomotor);
- reconhecer diagnósticos de enfermagem (DEdiagnósticos de enfermagems) para a criança com alterações no desenvolvimento.
- Esquema conceitual
