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CUIDADO A CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS DE SAÚDE NA ATENÇÃO DOMICILIAR

Autores: Vanessa Rossetto, Eliane Tatsch Neves, Beatriz Rosana Gonçalves de Oliveira Toso
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Introdução

O grupo das crianças com necessidades especiais de saúde (Crianescrianças com necessidades especiais de saúde) cresce impulsionado pelo desenvolvimento tecnológico e pelo aperfeiçoamento profissional no contexto da saúde.1 Essa parcela da população requer alta carga de atenção e trabalho das equipes de saúde. Suas demandas são variáveis, incluindo2

 

  • reabilitação psicomotora e social;
  • dispositivos e tecnologias;
  • fármacos;
  • cuidados diferenciados, como para alimentar-se, higienizar-se e vestir-se.

Crianças e adolescentes necessitam de atenção à saúde, entretanto as Crianescrianças com necessidades especiais de saúde demandam atenção específica, além da atenção à saúde contínua e integrada, com vistas a universalidade, equidade e integralidade. Considerando, ainda, que essa população está compreendida entre as crianças com condições crônicas (CCCcriança com condições crônicass), o atendimento a elas deve estar pautado no cuidado integral, continuado e humanizado.3,4

Ao refletir sobre as características atreladas ao cuidado nas condições crônicas, a atenção domiciliar (ADatenção domiciliar) ganha destaque especial. Ela é indicada para usuários clinicamente estáveis, em situação de restrição ao leito ou ao lar e que, por agravo de saúde, necessitem de cuidados domiciliares. Dessa forma, a ADatenção domiciliar apresenta potencialidade no cuidado a indivíduos com condições crônicas, que demandam atenção longitudinal e multiprofissional.4,5

A ADatenção domiciliar é estruturada em três modalidades: AD1, AD2 e AD3. A primeira é desenvolvida no contexto da atenção primária à saúde (APSatenção primária à saúde), e a AD2 e a AD3 ocorrem no âmbito do serviço de ADatenção domiciliar (SADserviço de atenção domiciliar).5 O enfermeiro deve identificar a modalidade de ADatenção domiciliar mais indicada para cada Crianescrianças com necessidades especiais de saúde e, a partir disso, conduzir o cuidado no âmbito da APSatenção primária à saúde ou do SADserviço de atenção domiciliar.

Em razão dos diferentes contextos da abordagem domiciliar das Crianescrianças com necessidades especiais de saúde, é necessário o direcionamento das práticas de enfermagem, para atender às suas demandas de forma eficiente e resolutiva. Dessa maneira, primeiramente, é preciso conhecer o perfil das Crianescrianças com necessidades especiais de saúde na ADatenção domiciliar, seus principais diagnósticos e dispositivos em uso, bem como o contexto familiar no qual a criança em questão está inserida. A partir disso, é possível planejar e sistematizar a assistência de enfermagem.

É essencial que a equipe de saúde e a família compartilhem a responsabilidade pelos cuidados da criança, os quais possam ser integrados à rotina familiar.6 Desse modo, as orientações de procedimentos e cuidados devem ser transmitidas de maneira simples e acessível aos cuidadores. Nesse processo, podem ser utilizados materiais impressos com as principais orientações e demonstrações práticas.7

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • discutir o perfil das Crianescrianças com necessidades especiais de saúde;
  • identificar as principais definições da ADatenção domiciliar;
  • identificar ferramentas que instrumentalizem a gestão do cuidado a Crianescrianças com necessidades especiais de saúde nas diferentes modalidades de ADatenção domiciliar;
  • reconhecer estratégias de atendimento a Crianescrianças com necessidades especiais de saúde na APSatenção primária à saúde e nos SADserviço de atenção domiciliars.

 

Esquema conceitual

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