Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- analisar as indicações de transplante de coração no Brasil;
- considerar os principais fármacos utilizados no tratamento medicamentoso pós-transplante cardíaco e seus mecanismos de ação;
- identificar os principais eventos adversos relacionados com o tratamento pós-transplante cardíaco e as medidas de manejo;
- analisar os critérios de avaliação da efetividade da terapia para pós-transplante cardíaco;
- considerar o processo de cuidado farmacêutico a indivíduos transplantados de coração.
Esquema conceitual
Introdução
O paciente transplantado de coração possui benefícios ao ser acompanhado por um farmacêutico em todas as etapas do seu cuidado, seja pela alta complexidade da execução do seu tratamento medicamentoso, seja pela estreita faixa terapêutica dos medicamentos pós-transplante ou pelo alto custo envolvido nos procedimentos.
Nos EUA, para inaugurar um centro transplantador, ou mesmo manter um em funcionamento, é necessária a comprovação da presença clínica do farmacêutico, em todas as fases do tratamento e compondo a equipe multidisciplinar.1
No Brasil, um total de 41 equipes estavam aptas a realizar transplantes cardíacos em 2021. No entanto, apenas metade desses centros contava com o farmacêutico clínico na assistência ao paciente, segundo levantamento realizado em 2019.2
Desde a etapa onde se começa a considerar o transplante ao paciente cardiopata até a orientação farmacêutica de alta hospitalar com o coração doado, seja em nível ambulatorial ou então de internação, o profissional farmacêutico pode contribuir positivamente no cuidado a esses pacientes. Este capítulo se destina a qualificar o farmacêutico clínico na assistência do paciente transplantado de coração.