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CUIDADOS AO RECÉM-NASCIDO COM MICROCEFALIA PELA SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA

Autores: Liliane Marjorie Feitosa de Albuquerque, Regina Coeli Ferreira Ramos, Rute Ivete Andrade das Chagas
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  • Introdução

Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o Zika vírus é um artrópode e pertence ao gênero Flavivirus, da família Flaviviridae. O Zika vírus foi, inicialmente, isolado do macaco Rhesus na floresta de Zika, na Uganda, em 1947. Em 1952, foi detectado pela primeira vez em humanos, no leste africano.1

O Zika vírus foi descrito como causador de infecções esporádicas em humanos na África e na Ásia até 2007. Em 2013, foi relatada uma grande epidemia de febre pelo Zika vírus na Polinésia Francesa, concomitante à epidemia de dengue ocasionada por sorotipos tipo 1 e 3. O Zika vírus tem sido considerado doença emergente desde 2007.2

No Brasil, na Região Nordeste, em maio de 2015, o Zika vírus foi confirmado como causa de uma epidemia de doença-like dengue. Essa é a primeira vez que uma infecção transmitida por mosquitos é conhecida por causar malformações congênitas graves em seres humanos. A epidemia de microcefalia congênita pelo Zika vírus se tornou uma preocupação internacional, tanto pela gravidade de suas sequelas como pela possibilidade de se espalhar por outros países americanos e até por todo o mundo.3

Este artigo busca apresentar os principais cuidados de enfermagem em relação a microcefalia congênita, abordando desde medidas a serem tomadas durante o período gestacional, para garantir assistência de qualidade a esses casos, até ações relacionadas aos principais diagnósticos de enfermagem (DEdiagnóstico de enfermagems) encontrados nesses bebês.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer o diagnóstico diferencial da microcefalia pela síndrome congênita do Zika em relação a outras etiologias infecciosas congênitas;
  • identificar as necessidades de cuidados do recém-nascido (RNrecém-nascido) portador de microcefalia pela síndrome congênita do Zika;
  • identificar as principais etiologias e os fatores de risco associados à microcefalia;
  • reconhecer a importância da estimulação precoce para minimizar o atraso neurocognitivo que as crianças com microcefalia podem ter;
  • apresentar um plano de cuidados de enfermagem para auxiliar na assistência do RNrecém-nascido com microcefalia.
  • Esquema conceitual
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