Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- versar sobre a base dos princípios fisiológicos da hemostasia (coagulação sanguínea);
- identificar os mecanismos regulatórios do organismo frente à necessidade de coagulação e fibrinólise;
- classificar os principais distúrbios de coagulação, sejam de característica hemorrágica ou trombótica;
- descrever o princípio de ação e os efeitos adversos das principais medicações utilizadas nos distúrbios de coagulação;
- caracterizar os principais cuidados na transfusão de hemoderivados na correção dos distúrbios de coagulação;
- refletir sobre a atuação do enfermeiro frente à prevenção e aos cuidados diretos nas complicações secundárias a esses distúrbios.
Esquema conceitual
Introdução
A fisiologia da coagulação sanguínea é um assunto muito complexo e vem sendo discutida por especialistas desde a década de 1960, com as descobertas de interações de fatores pró e anticoagulantes. Todavia, ao que se sabe, a homeostase no sistema circulatório se dá devido a sucessivas reações químicas envolvendo principalmente vasos sanguíneos, proteínas do plasma (fatores de coagulação) e plaquetas. Qualquer desequilíbrio nessa balança, desencadeado por distúrbios de manifestação trombótica ou hemorrágica, de origem genética ou adquirida de maneira secundária ao uso de fármacos ou outras patologias, pode levar a quadros de importante morbidade e, ainda, possuir alta mortalidade.
Cabe ao enfermeiro a compreensão dos princípios fisiológicos e bases teóricas que envolvem esse processo e o conhecimento dos principais distúrbios de coagulação que podem acometer o ser humano, uma vez que, é membro fundamental da equipe multiprofissional, atuando de maneira direta no cuidado ao paciente e é o profissional expoente na educação em saúde.
Para que seja mantida a fluidez sanguínea, o corpo humano dispõe de um sistema hemostático bem regulado, alternando entre processos pró-coagulantes e anticoagulantes, ou seja, uma série complexa de fenômenos biológicos chamado de hemostasia.