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DESAFIOS NO TRATAMENTO DA HÉRNIA PERINEAL

Autores: Gabriel Luiz Montanhim, Andréia Coutinho Facin, Paola Castro Moraes, Juliana de Oliveira Ribeiro
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  • Introdução

A hérnia perineal é resultante da alteração no diafragma pélvico, por enfraquecimento e ruptura dos músculos e fáscias que o compõem.1,2 O diafragma pélvico é constituído pelos músculos elevador do ânus, coccígeos, glúteo superficial, obturador interno e esfíncter anal externo e pelo ligamento sacrotuberoso.3 A causa exata do enfraquecimento muscular ainda é desconhecida, mas alguns fatores, como atrofia neurogênica ou senil, miopatias, hiperplasia prostática, alterações hormonais e constipação crônica, são descritos.3–6 Acomete principalmente cães machos com idade superior a 5 anos.4

A hérnia perineal é diagnosticada com base no histórico, sinais clínicos, exame físico e achados radiográficos.7 A palpação é de suma importância no exame físico para a classificação do grau de atrofia e identificação dos músculos íntegros do diafragma pélvico e para a localização e determinação da dimensão da próstata,1 além de para a identificação de possíveis retopatias coexistentes.8

A herniorrafia clássica, por técnica de reposição anatômica, não reproduz o plano original da musculatura lesada e forma apenas um plano muscular perpendicular, fato este que permite a ruptura do diafragma pélvico reparado em alta porcentagem dos casos.9 Dessa forma, algumas técnicas cirúrgicas alternativas são empregadas para a resolução do defeito, sendo a de elevação do músculo obturador interno, associada ou não a outra técnica, a de melhor opção cirúrgica.10 Outras técnicas incluem a transposição do músculo semitendinoso para a reconstrução do períneo3,11 e a transposição do músculo glúteo superficial.3

Além disso, várias técnicas foram descritas, como o uso de fáscia lata autógena,11 a laparotomia para a resolução de hérnia perineal bilateral ou de suas complicações,12 o uso de submucosa intestinal suína como biomaterial para a herniorrafia,12 a utilização de túnica vaginal autóloga em cães intactos13 e de biomembrana de látex natural.14

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer as causas e a fisiopatogenia da hérnia perineal;
  • realizar o diagnóstico de hérnia perineal;
  • executar as medidas terapêuticas a serem estabelecidas no paciente com hérnia perineal;
  • escolher entre os tratamentos cirúrgicos preconizados para a hérnia perineal;
  • atuar de forma a evitar futuras recidivas de hérnia perineal;
  • identificar a técnica cirúrgica mais indicada para a hérnia perineal e ter conhecimento de como ela é realizada.
  • Esquema conceitual
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