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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA DEPRESSÃO NA DEMÊNCIA

Autores: Francisca Magalhaes Scoralick, Wladimir Kummer de Paula
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  • Introdução

A população de portadores de demência foi estimada em cerca de 44 milhões de pessoas em 2016.1 Em muitos países europeus e nos Estados Unidos, verifica-se uma tendência à redução ou à estabilização desse número.2

Em contrapartida, pouco se sabe sobre o comportamento da incidência e da prevalência da demência nos países em desenvolvimento, nos quais a população idosa vem crescendo rapidamente, como é o caso do Brasil.2

O impacto negativo da demência nos pacientes, em seus familiares e na sociedade é profundo. A necessidade de melhorar os cuidados dos afetados deve ser uma prioridade no contexto das políticas de saúde, sejam elas de financiamento público ou privado.

A depressão pode estar presente em mais de um quarto dos pacientes com demência que vivem na comunidade e contribui para uma redução ainda maior de sua funcionalidade, além de aumentar a mortalidade e a sobrecarga dos cuidadores.3

Desse modo, o diagnóstico e a abordagem terapêutica adequada da depressão em pacientes com demência devem fazer parte da lista de cuidados a serem implementados nessa população. A depressão que ocorre na fase tardia da vida pode preceder o desenvolvimento de demência ou mesmo constituir um fator de risco.4

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer a importância da prevalência da depressão na demência;
  • utilizar instrumentos validados para o diagnóstico da depressão em pacientes com demência;
  • analisar as evidências de efetividade e segurança dos antidepressivos em idosos dementados e deprimidos;
  • considerar os tratamentos não farmacológicos para sintomas depressivos em pacientes com demência.
  • Esquema conceitual
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