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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA ENDOCARDITE INFECCIOSA

Autor: William Antônio Magalhães Esteves
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  • Introdução

A endocardite infecciosa (EIendocardite infecciosa) é uma doença infecciosa que acomete o endocárdio. Antigamente, era denominada endocardite bacteriana, mas este nome não deve ser utilizado, visto que outros agentes não bacterianos também são agentes etiológicos dessa infecção. Infecções em sítios vasculares, como, por exemplo, as comunicações arteriais — persistência do canal arterial ou fístulas arteriovenosas —, por apresentarem quadro clínico e evolução similares, também são conceituadas como EIendocardite infecciosa.

LEMBRAR

Apesar da evolução dos métodos diagnósticos e terapêuticos nas últimas décadas, a incidência da EIendocardite infecciosa e sua mortalidade ainda permanecem elevadas.1,2

Em países industrializados, a doença reumática (DRdoença reumática) tem se tornado uma lesão predisponente menos frequente nas últimas décadas, com um aumento das doenças degenerativas valvares, como o prolapso mitral e a estenose aórtica (EAo) degenerativa como lesões predisponentes.3 Porém, em países em desenvolvimento, como o Brasil, a DRdoença reumática ainda é bastante frequente. Em todo o mundo, a ocorrência de próteses valvares como lesão predisponente tem aumentado significativamente.

As cardiopatias congênitas são lesões predisponentes menos frequentes, com predomínio de persistência do canal arterial, comunicação interventricular e valva aórtica bicúspide.4 O uso de drogas endovenosas (EVendovenosa) ilícitas constitui um fator de risco importante para EIendocardite infecciosa. A maioria dos pacientes apresenta infecção da valva tricúspide.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

 

  • identificar um paciente com suspeita de EIendocardite infecciosa;
  • descrever tipos de EIendocardite infecciosa;
  • avaliar os prováveis agentes etiológicos para cada quadro específico de EIendocardite infecciosa;
  • descrever as possíveis complicações e a provável evolução clínica de cada tipo de EIendocardite infecciosa;
  • distinguir os esquemas antimicrobianos mais adequados de acordo com o quadro específico de EIendocardite infecciosa;
  • reconhecer os casos de EIendocardite infecciosa nos quais há necessidade de tratamento cirúrgico complementar.
  • Esquema conceitual
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