Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os motivos que geram dificuldades para a implantação da terapia pressão positiva nas vias aéreas para o tratamento da apneia obstrutiva do sono (AOS);
- empregar estratégias para resolver as principais dificuldades relacionadas à implantação da terapia pressão positiva nas vias aéreas em pacientes com AOS.
Esquema conceitual
Introdução
A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um distúrbio respiratório do sono que gera consequências graves para a saúde1 e que atinge cerca de um terço da população adulta. Essa prevalência pode ser ainda maior em idosos e em pessoas com comorbidades, principalmente cardiovasculares.2 A terapia com pressão positiva nas vias aéreas (PAP) surgiu na década de 1980 como uma opção não invasiva de tratamento da AOS e, atualmente, continua sendo a opção de primeira linha, principalmente para os casos moderados a graves.3
No passado, os pesquisadores desenvolveram a terapia PAP com o objetivo de ser uma terapia de resgate e não de longo prazo, porém, os pacientes dos protocolos iniciais de pesquisa se sentiram tão bem com a terapia que quiseram levar para casa para usar por mais tempo. Atualmente, apesar de cada vez mais surgirem evidências científicas relacionadas à melhora de diversos desfechos com a terapia PAP, há bastante evidência sobre a falta de adesão. Por que será que isso tem acontecido? Neste capítulo, será discutido sobre as principais dificuldades no período inicial do tratamento, assim como sugestões de solução que podem contribuir para uma boa adesão do paciente à terapia PAP no tratamento da AOS.