- Introdução
Conhecida como a mais neurológica das doenças psiquiátricas, a doença de Alzheimer (DAdoença de Alzheimer) é o tipo de demência mais associado à idade e corresponde à quarta causa de morte em vários países desenvolvidos. A maior incidência ocorre na forma esporádica, e se observa um número menos significativo de casos familiares.1
A DAdoença de Alzheimer caracteriza-se por um quadro clínico e sindrômico neurodegenerativo de sintomas neuropsiquiátricos e alterações comportamentais com declínio progressivo e irreversível de funções cognitivas, como afasia (alteração na linguagem), apraxia (alteração na capacidade de executar atividades motoras, apesar de o funcionamento motor permanecer intacto), agnosia (alteração na capacidade de reconhecimento ou identificação, apesar de o funcionamento sensorial permanecer intacto) e disfunções executivas (alterações no planejamento, na organização, no sequenciamento e na abstração), com ênfase na memória.
O curso da DAdoença de Alzheimer leva a importante comprometimento da funcionalidade e da autonomia. Trata-se de uma doença que atinge famílias e cuidadores de forma devastadora, o que revela uma situação ainda mais grave do ponto de vista social e emocional.2
Este artigo tem como proposta apresentar as estratégias de intervenções fisioterapêuticas baseadas em evidências científicas no tratamento da DAdoença de Alzheimer.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- identificar os quadros demenciais e a DAdoença de Alzheimer;
- reconhecer a importância da prevenção na fase inicial da DAdoença de Alzheimer;
- reconhecer a importância da intervenção fisioterapêutica na DAdoença de Alzheimer;
- avaliar as pessoas com DAdoença de Alzheimer, indicando condutas fisioterapêuticas;
- orientar os cuidadores familiares e profissionais de pacientes com DAdoença de Alzheimer.
- Esquema conceitual