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ENXERTOS CUTÂNEOS: DICAS PRÁTICAS PARA ATINGIR BONS RESULTADOS

Josiane Morais Pazzini

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  • Introdução

Os enxertos cutâneos fazem parte de uma das modalidades da cirurgia reconstrutiva.1 A cirurgia reconstrutiva tem sido muito utilizada na rotina cirúrgica da medicina veterinária com o intuito de corrigir feridas traumáticas ou após a exérese de neoplasmas, promovendo a cicatrização e o retorno funcional do tecido lesionado com maior rapidez e sucesso.2 As principais técnicas utilizadas na cirurgia reconstrutiva são os retalhos e enxertos cutâneos.1–4

Os retalhos consistem em um segmento de pele, incluindo epiderme e derme, removido, de forma parcial, de seu leito original e transferido para outro local próximo. Apresentam um pedículo vascular, podendo ser uma artéria ou veia na sua constituição, caracterizando um retalho de padrão axial, ou são constituídos de plexo subdérmico, caracterizando um retalho de padrão subdérmico.3–5 Os enxertos cutâneos são um segmento de epiderme e derme completamente removido do leito doador e transferido para o leito receptor distante, de tal forma que não apresentam um pedículo vascular ou angiossoma em sua constituição.6

Como os retalhos e enxertos cutâneos são desprovidos de vascularização, os cuidados pré, trans e pós-cirúrgicos são extremamente importantes para o sucesso do procedimento e para a cicatrização do leito receptor.1,2,5 Além disso, quando se realiza a técnica de enxerto, é fundamental planejar com antecedência todas as demais modalidades de reconstrução, como:1

 

  • retalhos de padrão axial;
  • retalhos subdérmicos;
  • fechamento em padrão de figura geométrica.

Se nenhuma das técnicas puder ser executada pela localização e extensão da ferida, deve-se então fazer uso dos enxertos cutâneos.1 Além disso, é importante conhecer a classificação do enxerto, qual tipo utilizar (camada, semeadura ou malha) e os cuidados com curativos e limpeza do leito receptor, a fim de garantir que o procedimento cirúrgico seja realizado com sucesso.1,2

Em cães e gatos, o uso de enxerto é indicado, em especial, nas extremidades, em que a imobilidade cutânea impede o desvio do tecido e a elaboração de retalhos locais para o reparo. Vale a pena considerar cuidadosamente todas as alternativas possíveis antes de selecionar um enxerto de pele.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • realizar os cuidados pré, trans e pós-cirúrgicos de enxertos cutâneos em pequenos animais;
  • escolher o momento adequado de utilizar um enxerto cutâneo;
  • utilizar os diferentes modelos de enxerto cutâneo quando necessário;
  • reconhecer as complicações pós-cirúrgicas de enxerto cutâneo;
  • identificar os princípios da cirurgia reconstrutiva do enxerto cutâneo;
  • utilizar o curativo adequado no pós-cirúrgico de um enxerto cutâneo.

 

  • Esquema conceitual
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