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ESPIROMETRIA: UM EXAME GENUINAMENTE FUNCIONAL

Autores: Paulo Eugênio Silva, Jocimar Avelar Martins, Murillo Frazão de Lima e Costa, Graziella França Bernardelli Cipriano
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  • Introdução

A espirometria é um teste não invasivo que mensura os volumes pulmonares, inspirados e expirados, em função do tempo. É considerada a mais comum prova de função pulmonar.1

De um modo geral, a interpretação da espirometria é conduzida pela análise dos valores de capacidade vital forçada (CVFcapacidade vital forçada), do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1volume expiratório forçado no primeiro segundo) e da relação VEF1volume expiratório forçado no primeiro segundo/CVFcapacidade vital forçada.2 Os resultados podem ser categorizados em três padrões: espirometria normal, distúrbios ventilatórios obstrutivos e distúrbios ventilatórios restritivos.3 No entanto, podem ocorrer, concomitantemente, distúrbios ventilatórios obstrutivos e restritivos, condição denominada distúrbio ventilatório misto ou combinado.3

A espirometria é um exame genuinamente funcional, importante na avaliação da condição respiratória geral, além de ser uma valiosa ferramenta para estratificação funcional.4 Por suas características fisiológicas, a espirometria não estabelece diagnóstico etiológico das doenças,1 e sim o distúrbio funcional, que pode ser característico de várias patologias.

A espirometria mensura o quanto as doenças impactam a função pulmonar. É com base nos resultados espirométricos, associados à história clínica do indivíduo, além dos dados de outros exames (por exemplo, tomografia computadorizada de tórax, teste cardiopulmonar de exercício etc.), que se estabelece o diagnóstico nosológico.

De acordo com a Resolução nº 400, de 3 de agosto de 2011, do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), que disciplina a especialidade profissional de fisioterapia respiratória, é estabelecido, no artigo 3°, incisos V, XIV e XXI, que esse especialista deve ser proficiente para:

 

  • solicitar, realizar e interpretar exames complementares, como espirometrias e outras provas de função pulmonar;
  • monitorar parâmetros cardiorrespiratórios;
  • emitir laudos, pareceres e relatórios fisioterapêuticos.
  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer a fisiologia e a fisiopatologia respiratória aplicada à espirometria;
  • classificar as forças impostas à ventilação pulmonar;
  • identificar os músculos respiratórios durante as manobras respiratórias;
  • reconhecer a influência de processos patológicos na função pulmonar;
  • indicar as manobras realizadas na espirometria;
  • identificar as etapas de montagem do laboratório para realização da espirometria;
  • reconhecer as etapas que compõem a realização da espirometria.
  • Esquema conceitual
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