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ESPONDILODISCITE

Autores: Marcus André Costa Ferreira, Leonardo Yukio Jorge Asano, Luciano Temporal Borges Cabral
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Introdução

Espondilodiscite é um termo que indica inflamação/infecção do disco intervertebral (DIV) com envolvimento do corpo vertebral subjacente. A infecção do DIV pode ocorrer por disseminação hematogênica (a partir de processos em vias urinárias, trato respiratório ou partes moles), por contaminação (após procedimentos invasivos) ou por contiguidade com lesões infectadas.

Neste capítulo, será apresentado um panorama geral, abordando os conceitos e fundamentos principais sobre as espondilodiscites. Também serão abordados a epidemiologia, a fisiopatologia, o diagnóstico e o tratamento das infecções da coluna vertebral, tanto na sua forma clínica piogênica (bacteriana) quanto na forma granulomatosa (tuberculose [TB], brucelose e fúngica).

Atualmente, o tema tem grande relevância, pois é um problema de saúde pública. A espondilodiscite é uma patologia com morbidade e mortalidade significativas, além de ter incidência crescente relacionada a fatores como o aumento da expectativa de vida da população, o elevado número de pessoas com comorbidades, pacientes realizando diálise, imunodeprimidos, além do aumento de adictos.

A espondilodiscite é caracterizada por ter um quadro clínico com sinais e sintomas vagos e pouco específicos, o que dificulta o diagnóstico precoce. A taxa de pacientes com sequelas e o insucesso no tratamento são consideráveis e têm como principais fatores envolvidos o atraso na definição do diagnóstico associado ao tratamento inadequado.

Perda de função neurológica, deformidade da coluna, dor incapacitante, recidiva da infecção, sepse e até morte são complicações que podem ser facilmente evitadas quando o profissional de saúde está atento e consegue estabelecer precocemente o diagnóstico da espondilodiscite.

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • descrever a epidemiologia e fisiopatologia da doença, suas particularidades e os grupos de risco;
  • identificar os principais sinais e sintomas para buscar um diagnóstico mais precoce;
  • indicar os métodos complementares apropriados para auxílio no diagnóstico;
  • interpretar os principais métodos complementares utilizados no auxílio do diagnóstico;
  • descrever os principais conceitos e fundamentos para a tomada de decisão em relação ao tratamento clínico ou cirúrgico.

Esquema conceitual

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