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TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO

Autores: Bruno Lobo Brandão, Bernardo Gribel, Alexandre Zaluski
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Introdução

A literatura clássica mostra que a associação da luxação do cotovelo (CID S53.1)1 com as fraturas da cabeça do rádio e com o processo coronoide sempre foi motivo de apreensão entre os ortopedistas, devido à sua dificuldade técnica e aos resultados insatisfatórios.2

Ratificando a má fama da luxação do cotovelo, Robert Hotchkiss apelidou essa associação de “tríade terrível do cotovelo”, em 1996, termo que passou a ser universalmente utilizado.3 Estudos chegam a mostrar até 73% de resultados funcionais ruins e alto índice de complicações, como instabilidade articular, rigidez e artrose.4

Recentemente, novos estudos clínicos e biomecânicos têm definido melhor as indicações, técnicas cirúrgicas e protocolos de reabilitação, permitindo melhora no desfecho funcional dos pacientes com a tríade terrível do cotovelo.

Resultados satisfatórios podem ser obtidos por meio de um melhor entendimento da complexa anatomia estabilizadora do cotovelo, permitindo uma reconstrução mais anatômica e estável, o que, por sua vez, possibilita a mobilidade precoce e, ao mesmo tempo, uma cicatrização adequada das estruturas ósseas e capsuloligamentares.

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • conceituar a tríade terrível do cotovelo;
  • pontuar as estruturas estabilizadoras do cotovelo;
  • definir o mecanismo de trauma envolvido na tríade terrível do cotovelo;
  • classificar as lesões encontradas na tríade terrível do cotovelo;
  • definir, de forma racional, o tratamento para a tríade terrível do cotovelo.

Esquema conceitual

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