- Introdução
O pâncreas é um órgão retroperitoneal, mais precisamente localizado no espaço pararrenal anterior, que desempenha funções endócrinas e exócrinas e pode ser acometido por diferentes tipos de neoplasias.
As neoplasias de pâncreas compreendem a quarta causa de morte por neoplasias malignas nos Estados Unidos.1 No Brasil, são responsáveis por 4% das causas de morte por câncer e 2% dos casos novos de câncer diagnosticados todos os anos.2
Dentre as neoplasias de pâncreas, o adenocarcinoma ductal de pâncreas (ADPadenocarcinoma ductal de pâncreas) representa o tipo histológico mais comum (cerca de 90%) e tem prognóstico reservado. A taxa de sobrevida geral em 5 anos para o ADPadenocarcinoma ductal de pâncreas é de cerca de 5%, e a sobrevida média após o diagnóstico é de 6 meses.3
Na maioria dos pacientes, o diagnóstico ocorre em estágio avançado da doença (cerca de 80%), o que explica parcialmente o prognóstico ruim da doença. Quando diagnosticado em estágios iniciais e passíveis de ressecção, a taxa de sobrevida em 5 anos se eleva para 25 a 30%.4
No entanto, a cirurgia que, em geral, é indicada é a duodenopancreatectomia, a qual apresenta morbidade e mortalidade de 20 e 2%, respectivamente, mesmo em centros com alto volume cirúrgico.5
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- avaliar a anatomia e a embriologia do pâncreas;
- descrever as relações anatômicas do pâncreas e as possíveis repercussões;
- identificar os casos suspeitos de ADPadenocarcinoma ductal de pâncreas;
- revisar os modelos de estadiamento do ADPadenocarcinoma ductal de pâncreas;
- descrever o estadiamento do ADPadenocarcinoma ductal de pâncreas.
- Esquema conceitual