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PAPEL DA IMAGEM NA AVALIAÇÃO DE EPILEPSIAS

Autores: Daniel Sakuno, Andressa Grotta Moletta, Alexandre Hilgemberg Zanlorenzi
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  • Introdução

A epilepsia é uma das doenças neurológicas não comunicáveis mais prevalentes, afetando ao redor de 70 milhões de pessoas no mundo.1,2 Todo ano, cerca de 30 mil novos casos de epilepsia na população pediátrica são reportados.3 Apesar de envolver qualquer faixa etária, em geral, crianças e idosos são mais afetados que adultos jovens.4 A prevalência dobra em países de baixa e média renda per capita. Trauma craniencefálico (TCE) e infecções do sistema nervoso central (SNCsistema nervoso central), como malária e neurocisticercose, parecem ser causas importantes dessa diferença.1,2

A crise epiléptica é a ocorrência transitória de sinais e sintomas causados por atividade neuronal anormal excessiva e síncrona em áreas cerebrais, o que gera descargas elétricas anormais que partem do córtex para a substância cinzenta, com consequências neurobiológicas, cognitivas, psicossociais e ocupacionais.4

O estudo radiológico possui um papel bastante importante no diagnóstico e no planejamento terapêutico das epilepsias. São utilizados principalmente os métodos de ultrassonografia (USGultrassonografia), tomografia computadorizada (TCtomografia computadorizada) e ressonância magnética (RMressonância magnética). Incluem também estudo de medicina nuclear, como a tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECTtomografia computadorizada por emissão de fóton único) e a tomografia por emissão de pósitrons (TEP). A RMressonância magnética é a modalidade de escolha atual em decorrência da sua alta resolução na avaliação estrutural do SNCsistema nervoso central.5

Os estudos atuais permitem uma avaliação funcional por meio de RMressonância magnética. Ademais, há a vantagem de ser um método que não utiliza radiação, importante sobretudo para a população pediátrica.6

Aproximadamente 30% dos pacientes possuem epilepsia refratária ao tratamento medicamentoso, casos em que a neurocirurgia funcional pode ser de grande valia. O diagnóstico por imagem é fundamental na identificação da etiologia das crises e posteriormente essencial para guiar o tratamento.4

Neste capítulo abordam-se, de maneira prática, a anatomia das estruturas envolvidas com a epilepsia refratária, suas etiologias, as modalidades de diagnóstico por imagem utilizadas e os achados mais comuns.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • revisar conceitos sobre a epilepsia;
  • atualizar-se quanto a nomenclaturas e terminologias utilizadas sobre epilepsia;
  • caracterizar a anatomia das estruturas mais envolvidas;
  • descrever os principais substratos etiológicos envolvidos na doença;
  • identificar as diferentes lesões e alterações estruturais relacionadas à epilepsia refratária;
  • distinguir os achados de imagem típicos de cada método.

 

  • Esquema conceitual
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