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EXAMES PARA DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO DA INFECÇÃO POR SARS-COV-2

Maria Luiza Bazzo

Marcos André Schörner

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • analisar as principais metodologias laboratoriais para detecção da infecção por SARS-CoV-2 ou da COVID-19;
  • identificar os principais testes para detecção de anticorpos;
  • considerar as recomendações e os períodos para coletas das amostras.

Esquema conceitual

Introdução

O severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) espalhou-se para praticamente todos os países do mundo, causando uma variedade de apresentações e cursando com infecções assintomáticas, brandas e severas que podem evoluir para sequelas passageiras ou duradouras e até mesmo para a morte.

COVID-19 é a palavra que se originou da sigla em inglês para a doença causada pelo coronavírus (coronavirus disease 2019). Esses dois termos são apresentados já no início deste capítulo porque se observa muita confusão em relação aos seus usos. Este capítulo vai tratar do diagnóstico laboratorial da infecção por SARS-CoV-2, que é o causador da COVID-19.1,2

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia de COVID-19 em 11 de março de 2020.3 Embora totalmente desconhecida, sabia-se que se tratava de uma doença respiratória. Medidas importantes foram tomadas, nem todas imediatamente, como o distanciamento social, o uso de máscara e o isolamento imediato dos casos para diminuir a transmissão. Nesse sentido, os testes diagnósticos foram e continuam sendo muito importantes, uma vez que têm a capacidade de detectar SARS-CoV-2, excluindo outras possibilidades de doenças respiratórias.

O diagnóstico da infecção por SARS-CoV-2 é frequentemente confundido com o da influenza e de outras infecções virais sazonais do trato respiratório superior. Inicialmente, foram desenvolvidos testes exclusivos para detectar material genético ou antígenos de SARS-CoV-2.

À medida que a pandemia evoluiu, para esclarecer outros casos, diversos fabricantes associaram às reações em cadeia da polimerase por transcrição reversa (RT-PCRreação em cadeia da polimerase por transcrição reversas) em tempo real a possibilidade de detectar simultaneamente, além de SARS-CoV-2, outros vírus respiratórios como vírus influenza A (Flu A), vírus influenza B (Flu B) e vírus sincicial respiratório (RSV). Os testes para a detecção dos quatro vírus foram muito úteis no inverno brasileiro, especialmente nos estados do Sul, devido à circulação de Flu A, Flu B e RSV nesse período, cujos sintomas podem ser confundidos com os da COVID-19.

Considerando a dimensão e a duração da pandemia por SARS-CoV-2 e o fato de que o conhecimento a respeito da infecção, o desenvolvimento de testes diagnósticos, de medicamentos e de vacinas, além do aprendizado clínico sobre como cuidar das pessoas gravemente enfermas pela COVID-19, vêm ocorrendo em tempo real, reitera-se que, ao longo dos próximos anos, poderá haver modificações em relação aos testes e suas indicações de uso.

Espera-se que a pandemia seja contida e que os testes futuros sejam eficientes, especialmente em identificar de forma precoce e rápida os portadores ou os doentes. Deixa-se aqui a recomendação de que a escolha do teste diagnóstico seja sempre feita com base em testes registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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