Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- listar os principais aspectos da avaliação e do tratamento da mão reumatoide;
- identificar as características clínicas das deformidades reumáticas que acometem a mão;
- estabelecer o diagnóstico cinético-funcional específico de cada deformidade reumática da mão;
- propor plano de tratamento mais adequado e específico para cada paciente com mão reumatoide.
Esquema conceitual
Introdução
Doenças reumáticas são altamente prevalentes, afetando de 3 a 8% da população mundial, acometendo indivíduos de todas idades e etnias. Compreendem um grupo com mais de 120 enfermidades, com diferentes manifestações e formas de tratamento, podendo levar à incapacidade física, resultando em importante impacto médico, social e econômico.1 São doenças crônicas, com períodos de exacerbações e remissões, que acometem articulações, músculos, tendões, cartilagens, além da pele e outros órgãos.2
A dor é o sintoma mais importante que ocorre em quase todas as enfermidades reumáticas e interfere significativamente na participação das atividades diárias. Embora as limitações de mobilidade contribuam, em grande parte, para essas limitações, o envolvimento das mãos é muito comum. O acometimento das mãos inclui dor e diminuição do movimento e da força, levando ao prejuízo funcional.2
Existem diferentes condições que levam às desordens reumáticas. As doenças que mais afetam as mãos incluem osteoartrite (OA), artrite reumatoide (AR), artrite idiopática juvenil (AIJ), esclerose sistêmica (ES) e lúpus eritematoso sistêmico (LES).3
Em razão da grande prevalência dessas doenças, é importante o conhecimento de como elas podem afetar a capacidade funcional (CF) do indivíduo e utilizar o que há de evidências para melhor elaborar o tratamento.3